Mercadante diz que saída de Aécio fortalece palanque de Dilma em Minas Gerais
Mercadante afirmou que sem Aécio na disputa, aumentam as chances de Dilma no eleitorado mineiro. "[A saída de Aécio] Abre espaço no nosso projeto nacional em Minas. Por lá, temos o José Alencar [vice-presidente], o Hélio Costa [ministro das Comunicações], o Patrus Ananias [ministro Desenvolvimento Social], o Fernando Pimentel [ex-prefeito de BH]. A nossa candidata é mineira. Tudo isso favorece", disse.
Segundo o líder petista, a desistência de Aécio era esperada. "Era novidade esperada. A única discussão que se tinha era de quando aconteceria", afirmou.
Mercadante reforçou o discurso do presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, de que o recuo do governador mineiro não muda a estratégia da campanha petista de polarizar a eleição entre o governo Lula e o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O fator decisivo nesta eleição é a comparação do governo Lula com o que eles fizeram no governo deles", disse.
Dutra disse que o PT não tinha uma preferência entre Aécio e o governador José Serra (São Paulo) para disputar a corrida ao Palácio do Planalto. "Esse não é um problema nosso [adversário], mas é claro que a saída de Aécio era previsível. A avaliação geral de todos era que o Serra seria o candidato, mas nós não escolhemos adversários", disse.
A Folha antecipou na tarde de hoje que Aécio Neves (PSDB), desistiu de concorrer à Presidência da República em 2010. Segundo a reportagem, Aécio decidiu antecipar uma decisão, que tomaria somente em janeiro, em nome da convergência partidária, para facilitar o caminho do PSDB em 2010.
O governador, que deve se lançar ao Senado no ano que vem, coloca como uma de suas prioridades eleger seu sucessor em Minas. O candidato deve ser o atual vice-governador do Estado, Antonio Anastasia.
Há uma imensa pressão na cúpula do PSDB para que Aécio venha ser o vice na chapa de Serra em 2010, mas o governador de Minas descarta, por enquanto, essa hipótese.
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