Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 17 de Dezembro de 2009 às 12:05

    Imprimir


Os quatro principais pré-candidatos a governador vão encarar situações curiosas a partir de abril do próximo ano. Uns passam a ter maior poder de barganha por causa do peso da máquina e da estrutura do poder público, em detrimento de outros que ficam sem mandato. Wilson Santos, por exemplo, deve renunciar à cadeira de prefeito da Capital para ganhar legitimidade como pré-candidato ao Palácio Paiaguás. De um lado, o tucano terá mais tempo para percorrer os municípios e organizar a campanha. De outro, ficam sem poder, que será transferido para o seu vice, empresário Chico Galindo, que é de outro partido (PTB).

Mauro Mendes (PSB), que concorreu e perdeu no segundo turno para prefeito de Cuiabá em 2008, também terá de se afastar da presidência da Federação das Indústrias do Estado para trabalhar o projeto político majoritário. Hoje ele usufrui de boa visibilidade usando a estrutura da Fiemt nos eventos e nas visitas ao interior como porta-voz do empresariado. Já o senador Jayme Campos, aposta do DEM para a corrida sucessória, e o peemedebista Silval Barbosa (PMDB) se veem numa situação provilegiada. Com mandato até 2014, Jayme nada tem a perder. Nem precisa se licenciar do cargo para a campanha a governador.

Silval é vice-governador e será, dos nomes colocados à corrida sucessória, o que terá maior poder de barganha e força política. A partir de 4 de abril, ele passa a ocupar a cadeira de governador, com a renúncia de Blairo Maggi, pré-candidato ao Senado. Silval vai entrar na disputa no cargo de chefe do Executivo estadual, ou seja, vai estar no controle de uma máquina com R$ 8 bilhões de orçamento e quase 100 mil servidores públicos. Outra "vantagem" de Silval é que sua campanha será "casada" com a de Maggi, cuja gestão é bem avaliada, segunda as pesquisas.

Sobre o risco de Silval perder votos por causa do desgaste, já que representa um governo que completará oito anos de mandato, os situacionistas recorrem aos passos de Dante de Oliveira, em 1998. Naquela época, Dante buscava a reeleição e estava em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto para o então pefelista Júlio Campos. Com seis meses de campanha e municiado pelo poder da máquina, o tucano conseguiu reverter a situação e ganhou no primeiro turno. Outro argumento de correligionários de Silval é quanto ao fato do peemedebista registrar baixa rejeição popular e ainda não ser tão conhecido do eleitorado, principalmente da Baixada Cuiabana, situação que deve melhorar a partir do momento em que se tornar governador. (Romilson Dourado)





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/148272/visualizar/