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Meio Ambiente
Segunda - 14 de Dezembro de 2009 às 13:59

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Os países africanos disseram que retornarão às negociações sobre o clima em Copenhague nesta segunda-feira (14), permitindo a retomada das conversas, após conseguirem garantias de que a conferência colocará mais foco na prorrogação do Protocolo de Kyoto.

"Vamos voltar", disse Pa Ousman Jarju, da delegação de Gâmbia, à Reuters.

Mais cedo, os africanos paralisaram a principal sessão de negociações ao se retirarem em protesto. Para eles, os países ricos querem "matar" o Protocolo de Kyoto.

A sessão visa quebrar o impasse em questões-chave, quatro dias antes de 110 líderes mundiais buscarem um acordo para limitar o aquecimento global que, segundo cientistas, pode provocar mais ondas de calor, enchentes e elevação nos níveis dos oceanos.

Além de acusar os países ricos de quererem matar Kyoto, as nações africanas afirmavam que os contornos das conversas programadas para esta segunda-feira não incluiriam as preocupações expressas por elas.

Em entrevista coletiva, Kamel Djemouai, autoridade argelina que encabeça o grupo africano, chegou a acusar os países ricos de buscarem o "colapso" das negociações entre 192 países.

Prorrogação de Kyoto

Os países em desenvolvimento querem a prorrogação de Kyoto, que obriga os países ricos, exceto os Estados Unidos, a reduzir a emissão de gases-estufa até 2012 e, ao mesmo tempo, elaborar outro acordo para as nações em desenvolvimento.

Mas a maioria dos países ricos querem unir o Protocolo de Kyoto, de 1997, com um novo acordo com obrigações para todos no combate ao aquecimento global.

Os Eles preferem uma solução de via única, principalmente porque os Estados Unidos, segundo maior emissor mundial de gases-estufa, estão fora do Protocolo de Kyoto. Há o temor de que uma solução de duas vias faça com que os Estados Unidos fiquem num regime menos rígido, ao lado de grandes países em desenvolvimento.

O protocolo impõe obrigações às nações desenvolvidas ao mesmo tempo em que protege os países em desenvolvimento, que ficam desobrigados de reduções de emissões de gases-estufa.

De acordo com o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 no Japão, e em vigor a partir de 2005, 37 nações industrializadas se comprometem a reduzir suas emissões de seis gases-estufa em 5,5% em relação aos níveis de 1990 até 2012.

No entanto, os Estados Unidos, que não assinaram o acordo, dizem que ele é injusto por não obrigar a metas vinculantes países em desenvolvimento que já são grandes emissores de gases-estufa.





Fonte: Reuters

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