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Agronegócios
Sexta - 11 de Dezembro de 2009 às 10:55

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O presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Ferrúcio Pinesso, avaliou 2009, apesar do cenário de crise econômica mundial, como satisfatório para a cotonicultura especialmente na produção. “Nossa produtividade foi considerável e atingimos 267 arrobas por hectare”, apontou Gilson Pinesso, lembrando que, “infelizmente, foi uma época de preço baixo para a matéria-prima”.

Ele diz que agora, no fim de ano, o preço deu uma reagida e acredita que o produtor não deve contabilizar lucro. “É por isso que a área plantada no Estado tem reduzido sistematicamente nos últimos dois anos”, justificou.

Na estimativa dele, a próxima safra, 2009/2010, será um pouco melhor. Essa recuperação está baseada no algodão adensado que deve atingir uma parte da área perdida. Gilson Pinesso estimou que o incremento deverá ser de 30 a 40 mil hectares.

Com esse aumento, de acordo com levantamento da Ampa, a cultura pode chegar a 400 mil hectares plantados. O presidente da entidade destacou como fator positivo para o setor, na safra 2009/2010, a queda no custo de produção, com redução de preços dos fertilizantes e químicos. “Isso é importante e animador, como também a boa reação dos preços na bolsa de Nova York (EUA)”, frisou, lembrando que a continuação da política de apoio do governo federal à produção de algodão é fundamental para os produtores.

Gilson Pinesso assinalou também como promissor na safra o plantio de soja que foi feito mais cedo, dentro da época recomendada, e ocorreu de forma normal. “Agora, teremos um plantio de algodão mais cedo e muito bom e, consequentemente, com a condução que daremos, de produtividade considerável e de excelente qualidade”, assegurou.

Sobre o adensado, o presidente da Ampa disse que a tecnologia é uma nova opção, uma janela que se abriu para o produtor, principalmente em função do clima no Estado. “Esse algodão vem para ampliar a janela, porque antes a plantação era até 20 de janeiro e agora vai até 20 de fevereiro. Isso nos dá tranquilidade de saber que lá na frente vamos ter uma produtividade boa, uma vez que plantar no sistema convencional depois do dia 15 de janeiro provoca certa temerosidade”, assegurou.

Segundo Gilson Pinesso, além de menor custo de produção, o adensado também é interessante devido à redução de tempo que a lavoura fica exposta. Na maioria dos casos a colheita é realizada até 150 dias da plantação. No convencional, a colheita é feita entre 180 e 210 dias após o plantio.

Para Gilson Pinesso, mesmo com melhores perspectivas, o produtor tem que trabalhar com muito cuidado e procurando alcançar o máximo de produtividade para superar obstáculos. “O cotonicultor deve estar sempre em sintonia com a associação para que, juntos, possamos sensibilizar o governo e mostrar que o algodão é um excelente negócio para o país”, sinalizou, completando que o algodão, na cadeia de produção, é o segundo setor que mais emprega no Brasil.

Exportação

O presidente da Ampa afirmou que a exportação de algodão continua firme com vários contratos celebrados em anos anteriores e ano passado. “São contratos que têm que ser cumpridos”, enfatizou. Na avaliação dele, as exportações, principalmente para países asiáticos, devem continuar justamente porque o Brasil conquistou uma grande fatia no mercado internacional com algodão de extraordinária qualidade e reconhecido no mundo.





Fonte: Assessoria de Imprensa da Ampa

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