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Polícia Brasil
Quinta - 10 de Dezembro de 2009 às 05:37
Por: Raquel Ferreira

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A agente prisional Fernanda Ferreira Siqueira foi rendida por 12 detentos da ala B do raio 5 da Penitenciária Central de Cuiabá (antigo Presídio do Pascoal Ramos), que simularam um problema de saúde para iniciar um motim. Os rebelados pediam transferência para as comarcas de origem. O superintendente do Sistema Prisional, major Airton Siqueira, afirma que um dos presos fingiu passar mal e foi levado à enfermaria para receber atendimento médico. Na volta, os colegas de cela renderam a agente prisional com o uso de um chuço (arma artesanal).

O major destaca que a movimentação ficou limitada a ala B devido à ação rápida do Grupo de Intervenção da Polícia Militar. Ele e o comandante do Batalhão de Guardas, major da PM Edgar Maurício Domingues, negociaram com os presos por cerca de 1h30. Após o término do motim, a agente prisional foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou pelo exame de corpo de delito e em seguida recebeu atendimento médico e psicológico. Ela não teve ferimentos.

Os rebelados foram retirados da ala B e levados para a unidade móvel da Penitenciária. A Polícia Judiciária Civil foi acionada para investigar o caso, uma vez que ocorreu cárcere privado da servidora pública. Os presos foram ouvidos pela PJC e pelo Conselho Disciplinar da unidade prisional. Eles também passaram pelo exame de corpo de delito no IML, como procedimento normal. Segundo Siqueira, a cela foi periciada.

Siqueira afirma que após a investigação os documentos serão encaminhados para o Ministério Público. Ele destaca ainda que há 30 dias os presos têm sido remanejados para as comarcas onde ocorreram os crimes que respondem ou para perto de seus familiares. Major Maurício destacou que a manifestação não tem vínculo com a greve dos agentes prisionais.

Ontem, era dia de visita no restante da Penitenciária e a entrada de pessoas ficou suspensa por menos de 2 horas até que a situação fosse normalizada. Do lado de fora, eram muitas as especulações dos familiares sobre o que estava acontecendo. Porém, Maria, que estava dentro da unidade, garantiu que não havia nada alterado, apenas alguns barulhos incomuns.





Fonte: A Gazeta

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