MP fiscaliza concurso para evitar sabotagem; OAB é incluída
Blairo Maggi já assinou o Decreto 2.280, com data desta terça (8), constituindo uma comissão para acompanhar todos os procedimentos do concurso. Vai nomear para isso 3 servidores do Estado. Da comissão farão parte um membro do MPE e um da OAB-MT. Foi sob a coordenação do Gaeco, braço investigativo do MPE, que a Promotoria de Justiça de Cáceres conseguiu fazer busca e apreensão de computadores e documentos na residência de três pessoas ligadas à coordenação do concurso em 21 de novembro, um dia antes da aplicação das provas e, em seguida, da anulação do certame por falhas logísticas e "vazamento" de provas e gabaritos com resultado das respostas antes da hora.
Com 271 mil candidatos inscritos para 10.086 vagas, o concurso será feito agora em duas etapas, uma em 31 de janeiro, com convocação de 65% dos concorrentes, e a outra em 21 de fevereiro com os demais 35%. O temor do Palácio Paiaguás é do concurso fracassar de novo, como foi da primeira vez, não mais por problemas de logística, mas por sabotagem. A preocupação aumentou ainda mais depois que recebeu informações de que, motivadas por questões político-eleitorais, algumas pessoas dentro da própria Unemat, responsável pela elaboração das provas, estariam se juntando para evitar êxito no certame e, assim, desestabilizar o governo. O setor de inteligência das polícias e o Gaeco começaram a agir para coibir esse tipo de crime.
Toda equipe responsável pelo concurso foi substituída, inclusive a então coordenadora-geral Geysa Atala Curvo, professora da Unemat em Cáceres, onde está situada a sede da instituição. Ela está, inclusive, sob investigação. Um dia antes das provas, foram recolhidos computador e documentos em sua residência.
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