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Politica Brasil
Quarta - 09 de Dezembro de 2009 às 08:23
Por: Vera Rosa

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Em sua última reunião do ano, o Diretório Nacional do PT tentou associar o mensalão do DEM ao PSDB, principal adversário da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa ao Palácio do Planalto, em 2010, o governador de São Paulo, José Serra. Na resolução aprovada ontem, o PT esqueceu a crise do mensalão que dizimou sua cúpula, em 2005, e afirmou que o terremoto político no Distrito Federal é uma "reprise ainda mais chocante" dos escândalos envolvendo as gestões dos tucanos Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas e hoje senador. "À oposição resta obstruir a votação do pré-sal, em comportamento nitidamente desesperado, agindo contra os interesses nacionais. Resta, ainda, contabilizar o estrago do "panetonegate", que coloca por terra o discurso hipócrita dos falsos vestais do DEM no Distrito Federal", diz um trecho da resolução, numa referência à justificativa apresentada pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, de que o dinheiro recebido por ele seria destinado à compra de panetones para a população carente.

Questionado se não era um contrassenso criticar o DEM e o PSDB, quando petistas são réus no processo do mensalão, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), argumentou que este é um debate hipócrita. "Enquanto não for votado o financiamento público de campanha, todos os partidos correm risco", insistiu ele, em alusão ao caixa 2. Na noite de ontem (8), o PT fez uma festa para comemorar os 30 anos do partido e homenageou todos os ex-presidentes da legenda, incluindo na lista o ex-ministro José Dirceu e o deputado José Genoino (SP), que tiveram os nomes citados no escândalo do mensalão, em 2005. "Nós não somos stalinistas"", disse.

"Todos os presidentes do PT deram uma contribuição fundamental para o partido. Não vamos negar a qualidade do Genoino e do José Dirceu só porque respondem a processos judiciais." Na resolução que recebeu sinal verde , os petistas reafirmaram a defesa de uma Assembleia Constituinte exclusiva para votar a reforma política, em especial o financiamento público de campanha.





Fonte: AE

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