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Esportes
Segunda - 07 de Dezembro de 2009 às 09:47

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O Palmeiras será mais modesto em 2010, ao menos no que se refere a contratações. A diretoria, que bancou a permanência do técnico Muricy Ramalho ontem, ainda no Engenhão, já admite ter de se adaptar a um cenário sem a vaga na Libertadores.

"Não tem nenhuma contratação próxima, mas é claro que vínhamos analisando alguns nomes com a ideia da Libertadores", disse o vice-presidente Gilberto Cipullo.

Nomes como o do chileno Valdivia e do atacante Kléber, que o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo desejava, ficaram mais distantes.

Ao ser questionado se a ausência palmeirense na principal competição interclubes do continente fará alguns jogadores repensarem a permanência no clube, Cipullo admitiu que é bem possível.

"Eles podem pensar dessa forma, sim. Mas continuaremos com essa base forte para disputar os campeonatos de 2010", afirmou o cartola.

Cipullo, que vem em rota de colisão com Muricy desde o empate com o Sport, em 11 de novembro, bancou o treinador para o ano que vem.

"Não tem razão para ser diferente. No geral, o saldo do trabalho é positivo", disse.

Sobre a saída de algumas peças do elenco, o dirigente garantiu que a maioria deve continuar no clube. Ele já vem negociando a renovação de atletas que estão emprestados ao Palmeiras, casos do zagueiro Danilo e dos atacantes Robert e Ortigoza.

Muricy lamentou que a nova realidade, mais modesta, já terá reflexo direto nos pedidos de reforços.

"Claro que vários jogadores que o Palmeiras pensava eram para a Libertadores. Precisa ver o lado econômico do clube... Não adianta pedir se não tiver dinheiro para pagar", afirmou o treinador, que lamentou a chance perdida de se tornar tetracampeão brasileiro --foi tri no São Paulo (2006-08).

"Eu vim para o Palmeiras para ser campeão. Tive várias propostas de outros clubes mas aceitei vir pela grande chance que o time tinha de ganhar o campeonato."

Outro inquietação dos cartolas e da comissão técnica é com a reação da torcida ao fiasco, tendo em vista os recentes episódios de violência contra os jogadores.

Na semana retrasada, o ônibus do clube foi alvo de emboscada quando retornava do período de concentração feito em Itu. Dias depois, o atacante Vagner Love foi agredido quando saía de uma agência bancária.

"Existe a preocupação. A polícia está cuidando da segurança. Crítica é normal, mas as manifestações têm de ser pacíficas", disse Cipullo.

O Palmeiras voltou ontem mesmo do Rio em voo fretado para a capital.





Fonte: Folha de S.Paulo

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