20 anos depois, irmãos Campos tentam repetir "dobradinha"
Jayme e Júlio foram governador e senador, respectivamente, numa época em que Mato Grosso, mesmo pós-divisão territorial, era completamente diferente em todos os aspectos. A maioria da população dependia do serviço público e se via refém dos coronéis políticos, que ditavam as regras explorando o empreguismo e o clientelismo. Numa época em que ninguém nem sonhava com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que veio a ser implantada praticamente na década de 2000 para controlar os gastos públicos, os gestores inchavam a máquina com nomeação de cabos eleitorais na estrutura do governo, que contava com diversos órgãos, empresas e autarquias e que hoje estão extintas, como Lemat, Casemat, Bemat e Ipemat.
Naquele pleito de 90, Jayme conquistou o Paiaguás numa disputa eleitoral contra o economista Agripino Bonilha Filho (PMDB), hoje um dos diretores da recém-criada Agecopa, e contra o petista Luiz Scaloppe, procurador de Justiça do Estado. Júlio garantiu vaga no Senado num embate contra Carlos Bezerra (PMDB), hoje deputado federal.
Os irmãos Campos acompanharam a extinção de seus dois partidos (PDS e PFL) e, mesmo assim, continuam na ativa no Democratas. O discurso e o estilo são os mesmos. Já Mato Grosso é outro, com a economia movida pelo agronegócio, com a tecnologia e com eleitorado mais crítico e consciente.
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