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Polícia Brasil
Quarta - 02 de Dezembro de 2009 às 09:38
Por: Adilson Rosa

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O mês de novembro terminou com 38 assassinatos, sendo 27 na Capital e 11 em Várzea Grande. Deste total, quatro vítimas eram mulheres, o que corresponde a cerca de 10%. O número é o mesmo do mês anterior e coloca outubro e novembro como os períodos mais violentos de 2009 até agora. No ano já são 317 execuções e, como faltam 30 dias para o término, a projeção é que este termine como um dos anos mais violentos na região da Grande Cuiabá.

Até a penúltima semana, a situação estava “controlada”, mas, no último fim de semana, a polícia atendeu a 12 execuções. “No mês, foram quatro mulheres executadas, sendo a última do bairro Pedra 90, onde tudo ainda é um mistério”, comentou um policial plantonista. Ele se referia à execução da vendedora Liliane Gomes Ripardo, de 20 anos, assassinada com sete tiros de pistola.

Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os últimos quatro anos terminaram com mais de 300 assassinatos na Grande Cuiabá, transformando a região numa das mais violentas do país. No ano passado, ocorreram 340 execuções contra 320 do ano anterior.

Em 2006, a polícia registrou 328 assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande. O anterior foi mais “calmo”, com 318 execuções, sendo a maior parte na Capital. Embora a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) tenha um orçamento recorde, não consegue diminuir a incidência, que insiste em ficar num patamar elevado.

Segundo um levantamento realizado pela DHPP, entre os principais motivos está a briga em bares, em que vítima e autor do crime estam embriagados e acabam discutindo por motivo fútil. “É cachaçada. É isso que denominamos crimes praticados por pessoas embriagadas”, explicou um policial.

O crime passional (motivado por paixão) também está entre as motivações. Na lista ainda consta o tráfico de drogas, pois, de uma forma ou de outra, a vítima ou o autor está ligado a traficantes de bairros onde ocorreu o homicídio.

“O crime passional é impossível de ser prevenido, uma vez que nunca sabemos o que se passa na cabeça de um autor de um crime desses. Em relação à droga, é preocupante, mas se trata de um problema mundial”, observou o delegado Antônio Carlos Garcia, da DHPP.





Fonte: Diário de Cuiabá

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