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Nacional
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 12:08

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou nesta terça-feira comentar as denúncias envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), suspeito de participar de um suposto esquema de pagamento de propina a integrantes da Câmara Legislativa do DF. No entanto, defendeu o processo de investigação e afirmou que "as imagens não falam por si".

"O que fala por si é todo o processo de apuração, todo o processo de investigação. Quando tiver toda a investigação terminada, a Polícia Federal vai ter que apresentar o resultado final do processo. Aí quem vai fazer juízo de valor é a Justiça. O presidente da República não pode ficar dando palpite", disse o petista em Portugal.

Lula cobrou hoje do Congresso Nacional a aprovação da reforma política e do financiamento público das campanhas para evitar crimes eleitorais.

Segundo a Polícia Federal, o governador do Distrito Federal teria recebido dinheiro não declarado de empresas privadas para sua campanha, em 2006. Para Lula, a reforma política é condição para evitar escândalos como o que atinge o governo do DF.

"Já mandei duas minirreformas políticas para o Congresso Nacional. Mandamos agora uma reforma com sete pontos importantes para serem votados, entre eles o financiamento público. Espero que o Congresso tenha maturidade para compreender que grande parte dos problemas que acontecem envolvem a questão da estrutura partidária no Brasil."

Ontem, Arruda disse que vai ficar no DEM, apesar da ameaça de expulsão do partido. Ele afirmou que vai "lutar até o fim" para provar que é inocente das acusações.

O democrata atribuiu ao ex-governador do DF Joaquim Roriz (PSC) a responsabilidade sobre o esquema de corrupção, de quem disse ter herdado uma "herança maldita".

Arruda afirmou que o seu governo reduziu o repasse de verbas para as empresas de informática participantes do esquema, o que contrariou "interesses" de Durval Barbosa --que flagrou o governador em conversa na qual supostamente negociaria recursos para serem encaminhados aos aliados.

O governador disse que Barbosa --responsável por gravar diálogos e imagens de parlamentares e integrantes do governo do DF recebendo dinheiro-- agiu para prejudicar a sua gestão uma vez que houve redução de seu governo no repasse de recursos para as empresas de informática.

"O nosso governo reduziu os gastos de informática em mais de 50% em relação ao governo passado. Em 2006, foram gastos R$ 510 milhões em informática. Este ano, 2009, gastamos R$ 209 milhões, menos da metade. Isto, estou certo, contrariou a muitos interesses, políticos e empresariais, que agora fica claro são ligados ao denunciante."

Arruda disse que Barbosa é réu em 32 processos, todos eles relacionados a atos praticados no governo Roriz. Segundo o governador, os recursos "eventualmente" recebidos por integrantes do governo do DF foram destinados a ações sociais em 2004, 2005 e 2006 --e foram legalmente registrados na Justiça Eleitoral.





Fonte: Agência Brasil/Folha Online

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