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Politica Brasil
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 11:59
Por: Romilson Dourado

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O projeto de candidatura ao Senado do procurador da República José Pedro Taques é mesmo um caminho sem volta. Ele revelou nesta terça, 1º de dezembro, em entrevista ao RDNews, que não está escolhendo adversários e que já decidiu que "em 2010 vai querer ser mais útil à sociedade mato-grossense". Taques não confirma oficialmente mas, segundo fontes, ele deve deixar os quadros do Ministério Público Federal já em fevereiro (daqui a 3 meses) para arriscar o teste das urnas como candidato a senador.

Taques está no MPF há 15 anos. Ganha mais de R$ 20 mil mensais. Atuou em Cuiabá por vários anos e, entre 2002 e 2005, marcou posição na luta intransigente contra corrupção e outros crimes. Denunciou figuras políticas e empresariais, como João Arcanjo Ribeiro, que comandava o crime organizado no Estado e que hoje está preso, e a Mesa Diretora da Assembleia, sob o deputado José Riva e o ex-parlamentar Humberto Bosaipo, hoje conselheiro do Tribunal de Contas. Taques atua em São Paulo, mas reside na capital mato-grossense.

Perguntado se será mesmo candidato à senatória, disse que está avaliando o projeto e adiantou que não é daqueles que escolhem ou se preocupam com adversários. "Eu já decidi que em 2010 vou querer ser mais útil à sociedade mato-grossense e, se para ser mais útil, eu tiver de ser candidato, vou ser. Não me preocupo com nomes (adversários). Pode ser Wilson Santos, Carlos Abicalil, Blairo Maggi ou o papa", ponderou. Por força do cargo, Taques tem, de um lado, a prerrogativa de poder escolher partido e lançar candidatura até 4 de abril, seis meses antes das eleições gerais. De outro, precisa se desvincular de vez do cargo de procurador da República.

Ele está escolhendo um caminho inverso daquele que geralmente almeja a maioria dos caciques políticos, que é de assumir cargo vitalício como, por exemplo, de conselheiro do Tribunal de Contas. Taques está determinado a renunciar esse posto para exercer cargo eletivo. "Eu vejo que o cidadão tem de ser útil à sociedade e, para mim, dinheiro não é tudo. Não quero dizer, com isso, que dinheiro não é importante e necessário. Sou servidor público e dinheiro não está em primeiro lugar", enfatiza.

Taques observa que, se consolidar o projeto ao Senado, vai colocar o seu trabalho para julgamento do povo. "Na democracia, todos devem ter participação político-partidária. Se o corrupto, o ladrão do dinheiro público e o estuprador tem esse direito, porque eu também não devo tê-lo?". Quanto ao partido que optará, Taques prefere não adiantar. Nos bastidores, as informações são de que ele estaria "namorando" o PDT e o PV.

Há quatro anos Taques vem ministrando palestras. Ele integra uma rede com aulas on line em 390 pontos do país, incluindo 15 em Mato Grosso. Tem usado a estratégia das palestras nos finais de semana para visitar municípios e se reunir com representantes de diferentes segmentos da sociedade. É a partir daí, que o procurador da República tem procurado ganhar visibilidade eleitoral, difundindo seu nome. Ele se mostra empolgado com apoio de lideranças de vários partidos, como PMDB, PP, PT e PR.





Fonte: RD News

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