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Meio Ambiente
Quinta - 26 de Novembro de 2009 às 06:27

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O governo chinês anunciou nesta quinta que se comprometerá a reduzir entre 40% e 45% a intensidade energética, índice que mede a emissão de dióxido de carbono por unidade de PIB, até 2020, com relação aos níveis de 2005.

Entre 2006 e 2010, o governo chinês tinha se comprometido a reduzir esta intensidade energética em 20%. O novo compromisso, que chega dez dias antes que se celebre a Cúpula de Copenhague, surpreende a comunidade internacional até agora descrente com os esforços do país que mais polui no mundo.

Nesta quinta foi anunciada a participação do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, como líder da delegação chinesa na Cúpula da Mudança Climática de Copenhague, de 7 a 18 de dezembro. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Qin Gang, em entrevista coletiva.

"A presença de Wen demonstra a grande importância que o governo chinês dá à mudança climática e sua vontade política de trabalhar com a comunidade internacional neste assunto", afirmou o porta-voz.

Qin ressaltou que a China espera que na cúpula "se obtenha um acordo justo e razoável" e reiterou que o país asiático, que é o maior emissor mundial de CO2 ao lado dos EUA, espera que nas negociações seja respeitado o princípio de "responsabilidades diferenciadas" entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

A China, como outras nações em desenvolvimento, opina que os países ricos, por sua maior responsabilidade histórica na deterioração meio ambiental do planeta, são os que devem adotar as maiores medidas de redução de emissões em Copenhague. O país irá propor que esses países diminuam em até 40% seus gases poluentes.

Perguntado sobre a postura dos EUA perante a cúpula, uma vez que a Casa Branca anunciou nesta quinta que oferecerá reduzir suas emissões em 17%, Qin assegurou que o país americano "é a maior economia desenvolvida e deve assumir suas responsabilidades históricas e obrigações".

China defenderá em Copenhague que as nações em desenvolvimento devem receber mais ajuda financeira e tecnológica por parte das nações desenvolvidas a fim de fazer frente à mudança climática. Também defenderá que as economias não desenvolvidas lutem contra a mudança climática mediante planos nacionais não impostos pela comunidade internacional, mas pelas próprias nações, de acordo com seu nível de desenvolvimento.

A atual política de meio ambiente chinesa se compromete a melhorar em 20% sua eficiência energética, o que segundo os especialistas se traduzirá em uma redução de 1,5 bilhões de toneladas de CO2. A China também pretende aumentar até 15% a percentagem de uso de energias renováveis como a solar ou eólica. Foi iniciado também um programa de reflorestamento em massa, que promete plantar nos próximos anos 60 bilhões de árvores e elevar a 20% a taxa de cobertura florestal nacional.




Fonte: Agência EFE

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