Presidente da Câmara diz que Lula selou as pazes com presidente do TCU em jantar
"É preciso haver esse entendimento, até porque o TCU faz parte do Legislativo. Houve elogios recíprocos, uma pacificação definitiva", disse Temer.
A convite do presidente da Câmara, que atuou como espécie de "bombeiro", o presidente jantou ontem com os ministros do tribunal.
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que foi um encontro de "aproximação", especialmente diante dos investimentos do governo para a Copa do Mundo e Olimpíadas --que precisam do aval do tribunal.
Lula fez duras críticas à atuação do TCU por considerar que o tribunal paralisou irregularmente obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que são consideradas essenciais pelo governo. As críticas do presidente estão contempladas num anteprojeto de lei, encomendado pelo governo federal, que prevê limitar a atuação do órgão.
Lula responsabiliza o tribunal por supostamente atravancar o crescimento do país ao paralisar obras públicas.
Segundo reportagem da Folha, por este anteprojeto, que é o resultado de um estudo elaborado por uma comissão de advogados nomeados pelo Ministério do Planejamento, o poder do tribunal fica reduzido.
Assim como Lula, ministros e autoridades do governo federal também criticaram a atuação do TCU. O ministro Paulo Bernardo disse que o tribunal está "extrapolando suas funções" e que o órgão "não pode fazer o papel do Executivo". Ele afirmou ainda que o governo não busca limitá-lo, mas regulamentar suas reais atribuições.
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