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Politica Brasil
Sexta - 06 de Novembro de 2009 às 13:45

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Os deputados Chica Nunes (DEM) e Walace Guimarães (PMDB), que conduzem as investigações da recém-criada CPI da Saúde, como vice-presidente e relator, respectivamente, devem enfrentar resistência, descrédito e desgaste por causa das imagens arranhadas devido a comportamentos "condenatórios". Por acusações recentes, ambos se enquadrariam hoje na política como espécie de "fichas sujas".

Ex-vereadora por Cuiabá, Chica teve o mandato de deputada estadual cassada pelo TRE, sob acusação de compra de votos nas eleições de 2006. Recorreu ao TSE e se mantém no posto até que se julgue o mérito. Ela e ré. Responde por formação de quadrilha, consequência da ingerência de quando presidiu a Câmara (2005/2006). Segundo a Delegacia Fazendária, Chica liderou um grupo que causou rombo de quase R$ 7 milhões no Legislativo cuiabano. A deputada só não fora presa porque possui foro privilegiado.

Walace foi protagonista de um escândalo durante as eleições do ano passado em Várzea Grande. Um vídeo exibido no horário eleitoral o mostrou ensacando dinheiro. O programa do então vice-prefeito e candidato à sucessão municipal Nico Baracat, que acolheu o próprio Wallace no seu PMDB, lembrava na época que o então democrata havia feito "acordão espúrio" com o prefeito reeleito Murilo Domingos (PR). Além de conviver com uma imagem marcada publicamente como alguém que teria negociado acordo por dinheiro, o deputado Wallace ainda foi acionado na Comissão de Ética do DEM pelo candidato derrotado Júlio Campos por não tê-lo apoiado. Mesmo absolvido depois, Wallace não aguentou a pressão e pulou para o PMDB.

Agora, na CPI da Saúde, cabe a Wallace o papel de relator. Na prática, se torna a função mais importante, inclusive do que o presidente, sob o deputado Sérgio Ricardo (PR). Chica, como vice-presidente da Comissão, deve substituir Sérgio em vários momentos das investigações e sua postura já levanta suspeita. Logo na primeira reunião para definir as funções dos membros, Chica se impôs e praticamente obrigou os colegas a lhe dar o direito de vista a 10 requerimentos apresentados por Percival Muniz. Se comprometeu a devolvê-los no mesmo dia, mas, se valendo no direito de analisá-los num prazo maior, não os submeteu à apreciação dos outros quatro membros, o que causou mal-estar e bate-boca.

Esta primeira CPI criada na Assembleia nos últimos 10 anos busca descobrir quais são os recursos repassados pelo Estado à Prefeitura de Cuiabá e verificar se, de fato, o dinheiro está sendo bem aplicado. Com 12 assinaturas, foi criada devido ao caos que se encontra o setor hoje. Médicos que atendem pelo SUS, por exemplo, estão em greve há quase três meses. (Flávia Borges e Patrícia Sanches)





Fonte: RD News

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