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Policia MT
Quarta - 10 de Julho de 2013 às 17:41

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Roberto Weber/ Pioneira
O acusado Antônio disse que um espírito mandou cometer o crime.
O acusado Antônio disse que um espírito mandou cometer o crime.
A operação da Polícia Civil foi realizada em uma propriedade rural, na Gleba Aurora, 16 km distante da sede de Tangará da Serra. No sítio Uberaba, em meio a um brejo, foi localizada a ossada de José Luiz Rodrigues Pinheiro, 64 anos, morto e esquartejado em data não confirmada.



 
 
Segundo Edvaldo Tocantins, Investigador da Polícia Civil, nos últimos dias de dezembro de 2012 foi registrado na Delegacia de Polícia de Tangará da Serra um desaparecimento de pessoa. O registro foi efetuado pelo proprietário do Sítio Uberaba, para quem a vítima trabalhava. Em busca de informações, a Polícia foi informada de que este desaparecido havia retornado para Juína. No entanto, em maio deste ano foi registrado um boletim de ocorrência em Juína pelos familiares de José Luiz, informando que ele não havia retornado para lá.



 
 
“O núcleo de inteligência de Tangará deu então início às investigações e soube-se que o último lugar em que a vítima havia estado era este rancho. Estivemos nesta localidade três ou quatro vezes e na manhã de hoje (10) logramos êxito em conversa com o caseiro. Ele entrou em contradição por diversas vezes, mas depois acabou confessando o assassinato. Segundo ele, havia desferido algumas foiçadas na cabeça desta vítima e depois de morta ele havia esquartejado e enterrado o corpo em três lugares naquele brejo onde vocês acompanharam a dificuldade para a localização destes ossos”, disse Edivaldo.



 
 
MOTIVOS - A discussão entre os dois homens teria iniciado porque a vítima teria errado ao improvisar a tampa de uma panela [foto]. O acusado alega que poderiam entrar ratos na panela pelo buraco ao lado do cabo da peça. O autor do crime seria Antônio Pedro da Silva, de 57 anos, que trabalhava como caseiro no sítio Uberaba. Ouvido pela imprensa, ele disse que cometeu o crime por ordem de um ‘espírito’. “Eu peguei a foice e dei uma ‘foiçada’ nele. Ele tava sentado de costas pra mim. Ele tava sempre conversando e tentando me ‘treitar’... ele conversava que ia fazer alguma coisa ‘com eu’. Não é minha vontade própria. É o ‘espírito’ que fez isso com eu. Eu peguei a foice e sentei na cabeça dele. Aí acabei de cortar o pescoço e ele morreu. Ele falou pra eu: ‘não me mate não Antônio’. Eu pensei: se eu não matar você, você vai me matar”, conta ele.




 
 
O ESQUARTEJAMENTO – Questionado sobre como esquartejou o corpo ele disse que precisou utilizar machado e facão, porque os ossos da vítima eram duros. “Osso duro, aí eu tive que pegar o machado e o facão”, afirmou. A reportagem perguntou o que Antônio sentiu depois do crime: “Eu fiquei muito triste. O espírito disse agora vou livrar você”, disse ele.



 
 
A OSSADA - Os ossos de José Luiz Rodrigues Pinheiro foram encontrados em três pontos dentro do brejo, com distância de até 97 metros entre o local do homicídio próximo à residência e as covas. O policial disse que não poderia confirmar se todos os ossos foram recolhidos, pergunta que só a perícia poderá responder. “Recolhemos todo o material que foi possível, até porque o lugar apresenta bastante dificuldade”, destacou. A ossada foi encaminhada ao IML para o trabalho pericial. O acusado foi conduzido ao CISC para ser interrogado.





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