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Politica Brasil
Quinta - 24 de Setembro de 2009 às 15:47
Por: Itimara Figueiredo

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), fez um apelo à classe política. Ele lembrou a importância da presença de todos na audiência pública que discutirá o zoneamento da cana-de-açúcar, no dia 06 de outubro, às 8h, na AL. A mobilização também será estendida às autoridades de Mato Grosso do Sul, estado que também será afetado pela decisão do Governo federal que proíbe o plantio da cana-de-açúcar na Amazônia.

A proposta foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por decreto. O Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana), lançado em Brasília, possui 30 páginas. Riva destacou o resultado de estudos que apontam o plantio da cana como benéfico ao meio ambiente. “Imaginar que Mato Grosso vai derrubar floresta para plantar cana, é no mínimo ridículo”, frisou o parlamentar.

Riva denomina a situação de preocupante e chama a atenção para a soma de esforços na viabilização de ações que possibilitem fomento ao desenvolvimento, como a descoberta do pré-sal, que surge como uma esperança para os municípios brasileiros. No entanto, alerta que a “questão da cana-de-açúcar é um balde de água fria para todos os mato-grossenses. E audiência pública vai fazer com que possamos subsidiar essa questão”, acrescentou.

Da tribuna, Riva ainda questionou o presidente Lula, que determina as mudanças por meio de decreto, mas tem o cuidado de fazer as proibições através de projetos de leis, dificultando qualquer manifestação. Para ele, essa é uma grande oportunidade do Congresso Nacional mostrar que não é uma Casa subserviente. “Precisamos ter na cana-de-açúcar uma fonte de geração de emprego e renda”, afirmou.

O alerta de Riva também foi direcionado à preocupação do surgimento de novas imposições, como a discussão do zoneamento da pecuária. Para fomentar o setor de maneira sustentável, ele tem defendido a implantação do Sistema Voisin, modelo ultraintensivo de rotação de pastagens, em piquetes de área bastante reduzida (1ha), que servem de pastagem, sucessivamente, para o gado, durante períodos bastante curtos, de um dia ou menos. Tanto que no próximo dia 24, Riva apresentará o sistema na Fazenda Xodó, de propriedade de Nelson Salim Abdalla, em Poconé. Numa iniciativa da Acrimat, Famato e Sindicato dos Produtores Rurais de Poconé.

A intenção é a de apresentar as vantagens do sistema, já que está comprovado que o método tradicional é deficitário. “Temos que mudar os rumos da pecuária. E se o Governo federal baixar um decreto para normatizar esse setor e também o da agricultura, questionou, ao ressaltar que caso isso aconteça, o estado que pode ser o celeiro produtivo do mundo, ficará praticamente inviabilizado. Segundo o deputado, é necessário que se preocupem também com o aumento da produção de alimento para atender a demanda mundial.

Para Riva, o Governo federal muda o discurso e deixa de se preocupar com outros setores importantes. “Toda a atenção está voltada para a Amazônia. Isso é para tirar a atenção dos problemas dos grandes centros, como por exemplo do Rio Tiête, que agoniza. É preciso investir na produção de Mato Grosso ou teremos um impacto negativo na nossa economia”.

ZAE da Cana -

O presidente Lula determinou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça normas para as operações de financiamento ao setor sucroalcooleiro. O projeto de lei relativo ao ZAE Cana proíbe o plantio da cultura em 81,5% do território brasileiro, incluindo Amazônia, Pantanal e a região do Alto Rio Paraguai.

Em relação à queima da cana, o projeto não permite a medida em áreas acima de 150 hectares, onde a colheita pode ser mecânica. Haverá um cronograma de transição, até 2017, para adotar o sistema.





Fonte: Assessoria/AL

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