Prado admite disputar, mas prioridade é carreira no MPE

O procurador Paulo Prado, atual titular do Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado), só admitirá iniciar um projeto político-eleitoral com uma condição: se houver uma saída jurídica que o permita se licenciar do cargo. Segundo apurou o MidiaNews, Prado, ao contrário do procurador da República Pedro Taques, que também cogita disputar um mandato em 2010, descartou a hipótese de pedir exoneração.

"Não abro mão de minha carreira. Sou muito realista e não vou fazer nenhuma loucura. Tenho vinte anos de Ministério Público e não posso me dar ao luxo de entrar em aventuras", afirmou Prado, no início desta semana, a interlocutores.

Segundo fonte do Gaeco, apesar dessa ênfase, Prado encarou com "interesse" a possibilidade de disputar um mandato. "Ele está sendo pressionado, no bom sentido, a entrar na política. Tem um grupo grande de promotores e agentes sociais, sobretudo do interior de Mato Grosso, que defende esse projeto, até para que ele empunhe a bandeira de setores essenciais, como saúde pública e educação", afirmou.

A fonte disse ainda que esse grupo já conversou com Prado algumas vezes sobre o projeto eleitoral. "Ele se mostrou interessado e ficou agradecido pela lembrança de seu nome. Mas foi muito claro em dizer que só irá avaliar a possibilidade caso possa se licenciar do Ministério Público e, numa eventualidade, retornar mais tarde", disse.

Procurado por telefone pela reportagem, Prado disse que prefere tratar do assunto pessoalmente, mas adiantou: "Não tem nada definido, é uma possibilidade, de fato. Mas a minha prioridade é continuar a me dedicar ao Ministério Público Estadual".