Julier afirma que não é hora de falar sobre candidatura

O juiz da 1ª Vara Federal Julier Sebastião da Silva preferiu não comentar o resultado das amostragens do instituto Mark feitas em municípios pólos em que seu nome figura entre os "lanternas" nas intenções de voto para governador. No caso de Cuiabá, por exemplo, o nome do magistrado é preferido como virtual concorrente ao Palácio Paiaguás por apenas 0,5%. Julier admite a hipótese de entrar na disputa eleitoral, mas posterga a decisão para o próximo ano. Por força da prerrogativa do cargo, ele tem direito de definir candidatura e filiação até seis meses antes do pleito.

"Ainda não tenho nada a declarar sobre esse resultado", ponderou o juiz federal, que ganhou notoriedade em todo o país, principalmente em Mato Grosso, por decisões polêmicas e corajosas e que têm levado para a cadeia empresários, políticos e outras personalidades acusadas de envolvimento em crimes. A última decisão polêmica de Julier foi de afastar Francisco Faiad da presidência da OAB, acatando denúncia segundo a qual o dirigente estaria agindo com tráfico de influência junto ao Tribunal de Justiça. Há 15 dias, Julier mandou para a cadeia 11 pessoas acusadas de fraudes em processos licitatórios das obras do PAC em Cuiabá e Várzea Grande.

Elogiado por uns e criticado por outros, Julier da Silva continua mantendo seu nome nas discussões sobre eventual candidatura. Já recebeu convite para filiação em alguns partidos, como PR e PDT. As últimas pesquisas quantitativas apontam que, em cidades-pólos, como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sorriso e Sinop, os nomes mais cotados para o Paiaguás são do prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB), do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), do senador Jayme Campos (DEM) e dos deputados estaduais Otaviano Pivetta (PDT) e Percival Muniz (PDT). Nenhum deles, por enquanto, se desponta com ampla vantagem nas intenções de voto.