Irmãos de Elierson e de vice-prefeito são cotados a coronel

Os tenentes-coronéis Eddie Metello, adjunto do Comando Regional de Várzea Grande, é Antonio Ribeiro de Moraes, comandante-adjunto do Centro de Capacitação, Desenvolvimento e Pesquisa, são os nomes mais cotados nos bastidores para a única promoção de coronel a ser definida pelo governador Blairo Maggi no próximo 5 de setembro, data que marca a fundação da Polícia Militar. A Comissão de Promoção de Oficiais se reúne nesta segunda (24) para avaliar currículos e outros critérios para apresentar sugestões com vistas à elevação de patentes de praças e oficiais.

A vaga foi aberta com a aposentadoria do ex-comandante-geral da PM Adaildon Evaristo de Macedo Costa, após sua prisão na Operação Pluma, no mês passado, por envolvimento numa quadrilha que atuava na grilagem de terras no Vale do Araguaia.

Eddie não é o número 01 entre os 52 tenentes-coronéis que sonham com a promoção à mais alta patente da carreira militar. Por ordem de antiguidade, ele é o oitavo. O detalhe é que Eddie se mostra bem articulado, inclusive politicamente, e também junto às Casas Civil e Militar, com os secretários militares Eumar Novacki e Alexander Maia. O que pode complicar é que Eddie é irmão dos coronéis Victor Hugo Metello e Elierson Metello de Siqueira, que foi preso pela Polícia Federal por ligação com a quadrilha de grilagem de propriedades rurais no Araguaia. Elierson comandava a Regional VII, de Tangará da Serra e já conduziu também o 2º BPM de Barra do Garças.

Outro que se movimenta nos bastidores é Antonio Ribeiro de Moraes, o terceiro da lista dos mais antigos tenentes-coronéis. Ele é irmão do coronel da reserva José Maria Ribeiro de Moraes, vice-prefeito de Nossa Senhora do Livramento e que foi comandante-geral da PM no governo Dante de Oliveira. Com ajuda do irmão, Antonio Ribeiro vem se articulando para ser contemplado com a cadeira deixada por Adaildon.

O governador Maggi deve assinar o ato de nomeação do futuro coronel para, assim, completar o quadro de 18 integrante da alta patente da PM até esta terça, antes de sua viagem para a África do Sul. Apesar do governo sustentar o argumento de que as promoções são feitas dentro de critérios técnicas, as últimas promoções têm contado com componentes políticos. Os últimos que chegaram a coronel foram Alexander Maia, secretário-chefe da Casa Militar e que teve indicação do próprio governador; de Jorge Catarino, em dezembro do ano passado, sob "empurrão" do secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado; e de Celso da Silva Fernandes, que era afilhado político do ex-senador Jonas Pinheiro (já falecido). Catarino é hoje corregedor-geral da PM, enquanto Celso responde pelo comando regional IV, de Rondonópolis.

Por antiguidade

Na fila de antiguidade para promoção de coronel estão os tenentes-coronéis Pery Taborelli, comandante do 5º Batalhão de Rondonópolis; Paulo César Revelles, do comando regional de Barra do Garças; Antonio Ribeiro de Moraes, que atua em Várzea Grande; Ubaldo Monteiro, membro da Justiça Militar; William Douglas Monteiro, comandante-interino da Regional VII, de Tangará da Serra, e Evandro Medeiros, do comando de Policiamento de Área, em Jaciara.