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Politica Brasil
Sexta - 21 de Agosto de 2009 às 08:09

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Divergências partidárias e políticas parecem não abalar em nada a estreita ligação de políticos com empreiteiros, atividades que comumente se confundem. Donos de construtoras flagrados pela Polícia Federal em conversas comprometedoras, como o ex-deputado Carlos Avalone (PSDB), da Construtora Três Irmãos; a Concremax, de Jorge Pires de Miranda; e a Gemini, do ex-prefeito de Cuiabá Anildo Lima Barros, continuam disputando, com relativa assiduidade, os processos de licitação das obras do governo Blairo Maggi. Eles ficaram milionários tocando obras públicas.

Em quase toda abertura de licitação, seja de prefeituras como as de Cuiabá e Várzea Grande, seja do governo do Estado, além de algumas da União, lá estão eles nas articulações. É o que aconteceu, por exemplo, na licitação na modalidade concorrência nº 008/2009 da secretaria estadual de Infraestrutura, comandada por Vilceu Marchetti. O certame visa escolher uma empresa de engenharia para obras de pavimentação na BR-242, no entroncamento com a MT-100, na divisa de Mato Grosso com Tocantins, até o entroncamento da BR-163, e ainda um subtrecho do entroncamento da BR-158 até o município de Querência.

Dentre as 10 empresas habilitadas a participar da concorrência, nada menos que três são ligadas a empresários e, até mesmo, políticos presos na Operação Pacenas, da Polícia Federal, em 10 de agosto. Uma delas é a Três Irmãos, de propriedade dos irmãos Marcelo, Marcos e Carlos Avalone, ex-deputado estadual e ex-secretário de Comércio, Energia e Mineração no governo Dante de Oliveira (1995/2002). Marcelo e Carlos Avalone chegaram a ser presos sob acusação de envolvimento em fraudes nos processos de licitação das obras do PAC. Curiosamente, conseguiram ser liberados a partir da ação do irmão Marcelo, que é advogado e ingressou com recurso no TRF da 1ª Região. A Três Irmãos também venceu a licitação do Dnit, órgão comandado pelo republicano Luiz Antonio Pagot, para as obras na rodovia BR-070, no trecho de Cáceres até a fronteira com a Bolívia. São 84,2 km de extensão. Os empreiteiros ligados ao tucanato vão embolsar com a obra R$ 9,4 milhões.

Outra construtora habilitada a participar do certame da Sinfra é a Geosolo, representada até há pouco tempo por Alexandre Schutze, ex- presidente do Sindicato das Empresas de Construção Pesada (Sincop), que também foi preso pela PF. Interceptações de conversas telefônicas entre Schutze e o ex-prefeito de Cuiabá, Anildo Lima Barros, dono da Gemini, apontam que as obras do lote 07 do PAC cuiabano seriam destinadas à empresa indicada pelo Sincop, no caso, o consórcio Geosolo/Lage/Lince, que tinha Schutze como representante da primeira firma.

A Agrimat Engenharia, de propriedade do ex-prefeito de Sinop, Antonio Contini (DEM), também está habilitada a disputar a licitação. A empresa doou R$ 250 mil à campanha do democrata Júlio Campos à Prefeitura de Várzea Grande. Também fatura com obras do governo Maggi a empreiteira Destesa Terra Construções Ltda, do pecuarista e ex-prefeito de Itiquira, Ondanir Bortolini (PR), pré-candidato a deputado estadual.





Fonte: RD News

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