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Politica Brasil
Quinta - 20 de Agosto de 2009 às 05:24
Por: Sonia Fiori

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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasnportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR), revelou ontem que aguarda um parecer da Procuradoria Geral da União (PGU) sobre a possibilidade de pedir licença da função para ocupar a vaga de senador no lugar do titular, Jayme Campos (DEM), que se afastará da função a partir do dia 26.

Pagot procura uma ‘brecha’ para não perder a primeira suplência do Democratas, via a Casa Civil do governo Lula. Caso seja permitido Pagot se afastar da direção da autarquia, pelo mesmo período da licença solicitada por Jayme, cairão por terra os planos do secretário de Governo de Cuiabá, Osvaldo Sobrinho, de assumir cadeira no Senado. Pagot é o primeiro suplente do senador democrata. Entretanto, para assumir o lugar de Jayme a interpretação sobre a legislação aponta que ocorra a renúncia ao cargo no Dnit.

Ciente de que faz parte de um grupo político liderado pelo PR e pelo PT, Pagot lembrou que a definição do assunto passa pela Casa Civil e ainda pelo comando do Palácio Paiaguás. Pagot e o governador Blairo Maggi (PR) devem se reunir no próximo fim de semana, para discutir a questão. Blairo mantém uma relação estreita com o presidente Lula. Tanto, que já se colocou à disposição do PT para colaborar na campanha da ministra Dilma Roussef – candidata virtual à Presidência da República no próximo embate eleitoral.

Os meandros políticos para ampliar as chances de Dilma também passam por decisões nos estados e em relação às direções de autarquias. Após a decisão de Jayme de se afastar do Senado, a definição sobre a ida ou não de Pagot para o Senado passou a ser de responsabilidade, principalmente, do grupo político ligado ao presidente Lula.

“Eu trabalho dentro de ações de um grupo político e só posso tomar uma decisão depois que receber uma posição da Casa Civil e do governador Blairo Maggi”, frisou. De acordo com ele, até a tarde de ontem a Mesa Diretora do Senado ainda não havia comunicado a licença do senador. Após o encaminhamento, Pagot tem 30 dias para definir se assume ou não vaga no Senado. Líderes da nacional do PT também avaliam quais os trabalhos que poderão receber injeção no Congresso Nacional caso o diretor-geral do Dnit venha a assumir a vaga de Jayme.

Com o afastamento do Senado, Jayme dará ainda mais atenção aos planos do Democratas de conquistar o comando do Estado no próximo pleito. A sigla faz parte da base aliada do atual governo. Porém, o partido também debate com outros partidos, como o PSDB, a possível construção de aliança às eleições de 2010. O cenário poderá colocar o DEM e o PR em rota de colisão.

Um dos líderes do Partido da República de destaque no Estado, Pagot também é um dos principais defensores do lançamento de candidatura própria da legenda nas eleições de 2010. Mesmo atuando de forma indireta no PR, ele acentua o discurso de que o partido tem nomes e estrutura para disputar o comando do Palácio Paiaguás.





Fonte: Diário de Cuiabá

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