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Politica Brasil
Sexta - 07 de Agosto de 2009 às 10:15

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O cacique político do PP José Riva é baixinho da altura, mas se mostra um gigante nas articulações. Ele tem conseguido superar os processos na Justiça movidos pelo Ministério Público sobre atos de improbidade administrativa na Assembleia, da qual é presidente pela quarta vez, e se transformou em espécie de fiel da balança rumo às eleições majoritárias, principalmente para governador em 2010. De um lado, está o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que trabalha pré-candidatura ao Palácio Paiaguás com apoio do governador Blairo Maggi, de parte da turma da botina, e de partidos como PR, PT e PSB. De outro está a oposição, sob a liderança do prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) e, correndo por fora, o senador Jayme Campos (DEM).

Amado e odiado, o deputado de cinco mandatos tem bom trânsito com todos os grupos políticos e afinidade até com o governador Maggi. Trata-se de um exímio articulador político. Na Assembleia, Riva exerce forte influência sobre todos os demais parlamentares. Na máquina estadual, dita as regras, se reúne a sós com o governador, de quem às vezes é conselheiro, e conta com uma secretaria de porteira fechada, a de Ciência e Tecnologia, sob Chico Daltro. Riva controla ainda as Associações Mato-Grossense dos Municípios (AMM) e das Câmaras Municipais (Ucemmat), presididas pelo prefeito Pedro Ferreira (PP) e por Aluízio Lima (PR). Mantém o que chama de "boa relação" com o Judiciário e com órgãos vinculados, como Ministério Público e Tribunal de Contas.

Líderes políticos consideram que Riva se transformou em fiel da balança porque construiu "peso político" nos municípios. Enquanto em Cuiabá, seu nome enfrenta desgaste, no interior chega a ser ovacionado em suas visitas. Ex-prefeito de Juara na década de 80, Riva chegou à cadeira de deputado para nunca mais sair, inclusive da Mesa Diretora, ora como presidente, ora como primeiro-secretário.

No pleito de 2006, ele se reelegeu com 82.799 votos, a maior votação proporcional do país. Graças a isso, levou o PP a conquistar duas cadeiras na sobra, ocupadas hoje por Airton Português e por Maksuês Leite. Além disso, Riva "elegeu" deputado federal Eliene Lima. Agora, avalia a hipótese de disputar uma das duas cadeira de senador. Quanto à corrida para governador, o baixinho passou a ser cortejado tanto pelo tucanato quando pelo peemedebista Silval. É procurado também por Jayme que deve recuar da pré-candidatura para apoiar o nome de Santos. Analistas políticos consideram que a candidatura que tiver respaldo de Riva dará passo importante rumo ao Paiaguás. Por outro lado, faltará outro degrau importante e decisivo: a combinação com o eleitor.





Fonte: RD News

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