PSDB e DEM encontram resistência em suas bases

Apesar de afinidades nas cúpulas, as bases partidárias do PSDB e do DEM se repelem mutuamente porque ainda não foi digerido pelos filiados das duas agremiações a histórica rejeição que os grupos comandados pelos irmãos Jaime e Júlio Campos de um lado e de outro lado os liderados pelo então líder Dante de Oliveira, que deixou uma lacuna que ainda não foi preenchida por nenhum dos líderes tucanos da atualidade. Não se assumem, nem se veem como aliados.

As críticas das bases partidárias são abafadas pelas cúpulas que acham cedo para se avaliar como será o comportamento dos filiados caso se confirme a coligação entre os tucanos e os democratas. "Sempre existe rachaduras, mas isso é comum num primeiro momento de uma eventual coligação que ainda nem sequer foi definida", disse um democrata que acha cedo colocar em discussão uma eventual coligação, por causa da indefinição de quem será o nome que encabeçará a chapa de oposição.

As facilidades no entendimento entre o PSDB e o DEM no país (nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, o vice era o senador Marco Maciel, do DEM), não se repetiram em Mato Grosso nas eleições passadas. Nas disputas para o governo em 1998 quando se enfrentaram, Dante de Oliveira (PSDB) e o então senador Júlio Campos; e nas eleições de 2002 e 2006, ambas disputadas por Blairo Maggi, que teve o total apoio do DEM, primeiro com Jonas Pinheiro na chapa para o Senado e novamente em 2006, só que com Jaime Campos. As disputas tiveram Antero Paes de Barros como candidato tucano.

"O problema é que o PSDB só aceita o DEM coligado se a cabeça de chapa for Wilson Santos e o DEM só aceita se o candidato, for o senador Jaime Campos", explicou um militante tucano que vê as chances de uma coligação se definharem cada vez mais.

Isso porque pelo entendimento, Mato Grosso seria um dos sete Estados onde o Democrata teria prioridade.