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Nacional
Quinta - 18 de Junho de 2009 às 15:16
Por: Marcela Campos

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O motorista está bebendo menos antes de dirigir, ou, ao menos, antes de pegar a estrada. É o que aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira, pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) com o balanço do primeiro ano da lei. A quantidade de flagrantes de motoristas embriagados ao volante em proporção aos testes realizados caiu de 1 em cada 6 para 1 a cada 40. Além disso, o comportamento dos condutores também mudou, afirmou o assessor nacional de Comunicação Social da PRF, inspetor Alexandre Castilho.

"Hoje eles aceitam mais voluntariamente fazer o teste do bafômetro. É um fato louvável, o motorista esta dando sua contribuição na hora da abordagem", afirma.

No primeiro aniversário da lei seca nos 65 mil km de estradas federais, houve uma queda de 2% nas mortes e 3% no número de acidentes com mortos. No entanto, os acidentes e feridos aumentaram em 7% e 4%, respectivamente. Mais da metade das colisões (62%) provocaram apenas prejuízos materiais --sem vítimas.

No mesmo período, entre 20 de junho do ano passado e 16 de junho deste ano, a frota de veículos teve um acréscimo de 9,5%.

No primeiro semestre da lei, a Polícia Rodoviária submeteu 40 mil motoristas ao bafômetro. Nos segundo, já em 2009, foram 320 mil, dos quais 14 mil foram reprovados e 9.000 presos em flagrante. O número de motoristas multados por se recusarem a fazer o teste, apesar de visivelmente alcoolizados, caiu de 18% para 13%.

Castilho avaliou que a redução de mortes é satisfatória, mas "é claro que gostaríamos que os números caíssem muito mais". "Qualquer morte a menos já é motivo de satisfação, mas não de comemoração porque ainda estamos falando de pessoas perdendo suas vidas."

Nas rodovias, o álcool é a 8ª causa de acidentes e potencializa a gravidade das colisões. A maior causa ainda é a imprudência dos motoristas.

Atualmente, a PRF tem 750 bafômetros, ou um a cada 80 km de rodovia, em média. O governo federal deve distribuir 3.000 bafômetros à PRF e 7.000 aos Estados.

Lei seca

A lei seca, que prevê maior rigor contra o motorista que ingerir bebidas alcoólicas, foi sancionada, no dia 19 de junho do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A nova lei torna ilegal dirigir com concentração a partir de dois decigramas de álcool por litro de sangue. A punição para quem descumprir a lei prevê suspensão da carteira de habilitação por um ano, além de multa de R$ 955 e retenção do veículo.

A suspensão por um ano do direito de dirigir é feita a partir de 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue). Acima de 0,3 mg/l de álcool no ar expelido (ou 6 dg por litro de sangue), a punição inclui também a detenção do motorista (de seis meses a três anos).





Fonte: Folha Online

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