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Politica Brasil
Quarta - 20 de Maio de 2009 às 18:09
Por: Marina Mello/Direto de Brasíli

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O deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) chorou nesta quarta-feira ao fazer a sua defesa no Conselho de Ética, onde responde a processo por quebra de decoro parlamentar por ter supostamente usado de forma irregular a verba indenizatória paga a parlamentares, e criticou o corregedor da Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que instaurou as investigações contra ele.

ACM Neto, que é o sucessor de Moreira na Corregedoria, instaurou uma investigação no órgão pela acusação de ter utilizado os recursos da verba indenizatória paga a deputados (R$ 15 mil por mês) para contratar serviços de empresas que pertencem à família dele. Além disso, o deputado pediu a abertura de uma Comissão de Sindicância ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP).

"A Comissão de Sindicância teve como presidente (ACM Neto) um homem diretamente interessado em ceifar o meu mandato. Que isenção é essa?", questionou, afirmando que o corregedor foi responsável pelo seu "achincalhamento". "Que legitimidade possui esse indivíduo para averiguar qualquer ato contra minha pessoa?"

O deputado disse que só se afastou do cargo de corregedor da Câmara para evitar que sua família fosse exposta a "humilhações" e não por ser dono de um castelo ou por ter usado ilegalmente a verba indenizatória. "Por estas injustiças e mentiras e pelo sofrimento de minha família renunciei, contrariando a todos os amigos e familiares que pediam: 'Edmar, não saia. Você foi eleito pelos seus pares'", disse.

Sem citar nomes, Moreira disse que preferiu poupar sua família dos ataques de seus "caluniadores". Surgiu do DEM, seu antigo partido, o pedido para que Moreira fosse retirado da Corregedoria da Casa.

O deputado disse ser alvo de injustiças e de imoralidades. Ele se emocionou ao falar de seu pai, dizendo que saiu na imprensa que ele era filho de um carteiro. "Das injustiças contra minha pessoa, uma das que mais me magoaram é chegaram ao cúmulo de colocar na imprensa que eu era filho de um carteiro, como se isso pra mim fosse algum demérito. Tenho muito orgulho da minha família, dos meus pais, meus avó", lamentou.

Moreira afirmou que nunca recebeu nada de mão beijada como seus acusadores, "que fazem da vida como se fosse capitania hereditária, aqueles os mais antigos bem o sabem". "Antigamente, a mercê da influência de doutores de políticos, era comum dizer: arrumei uma colocação para meu filho. Colocação na acepção da palavra", disse. "Aquele que é colocado em detrimento do mais simples, do mais humilde. Esses meus detratores foram colocados a mercê de seus pais, seus avós, não podem competir comigo nem com a maioria dos senhores e da senhora, não têm esse mérito."

O caso do castelo

Conhecido após a acusação de não ter declarado um castelo avaliado em R$ 25 milhões (que ele afirmou estar no nome dos filhos), Moreira é investigado no Conselho de Ética da Câmara pelo uso irregular de verba indenizatória. Ele nega a acusação.

"Qual foi o erro em querer levar para a minha cidade de origem um empreendimento que iria - e ainda irá - gerar emprego para a região? O castelo poderia ter formato de um iglu, piramidal, mas foi um castelo porque assim decidiram os arquitetos e engenheiros que o fizeram", afirmou Moraes ao se defender.





Fonte: Redação Terra

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