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Politica Brasil
Terça - 19 de Maio de 2009 às 08:02

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Em reunião no domingo, em seu escritório em Cuiabá, o diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot, numa ação de bastidores, decidiu que o ex-presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) e secretário de Estado de Projetos Estratégicos, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, será o dirigente estadual do PSC. O propósito é criar um novo grupo político em torno desta legenda, com filiação de aproximadamente mil lideranças até setembro deste ano. Mesmo ditando as regras, Pagot continuará no PR do governador Blairo Maggi. Já Cidinho decidiu que deixará o DEM do senador Jayme Campos, pré-candidato ao Palácio Paiaguás.

No fundo, a maior expectativa de filiação no PSC, após a chegada de Cidinho e de cerca de 30 ex-prefeitos, de diversos empresários como Eraí Maggi, de ex-deputados e ex-vereadores, é do procurador da República Pedro Taques, que hoje atua em São Paulo. Ficou acertado que o grupo fará todos os esforços para cooptar o polêmico membro do Ministério Público Federal que este ano volta a morar em definitivo em Cuiabá e está determinado a se submeter ao teste das urnas de 2010, seja a senador, seja a deputado federal. Em princípio, Taques iria para o PDT do empresário e deputado licenciado Otaviano Pivetta. Depois recuou e agora posterga decisão sobre qual legenda se filiar.

Por mais que negue publicamente, Pagot é quem motiva o surgimento do novo bloco, na expectativa de atrair Taques. Ele foi secretário de Infraestrutura, Casa Civil e Educação do governo Maggi e hoje comanda o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), uma das autarquias mais cobiçadas da máquina do governo federal. Pagot desistiu da pré-candidatura a governador visando ao pleito de 2010 mas, de forma camuflada e com seu estilo trator, não quer ficar fora do processo eleitoral. Monta estratégia de olho em eleições futuras.

No caso de Cidinho, ex-prefeito de dois mandatos de Nova Marilândia, o argumento é de que precisa aderir uma sigla "intermediária" para não se indispor nem com a turma da botina, grupo de Maggi, de cuja equipe faz parte, e muito menos com o cacique do DEM Jayme Campos. Ele decidiu, então, aderir ao Partido Social Cristão, tido como nanico. Assim, entende que será mais fácil transformá-lo num grande partido, de forma gradativa. A busca por ex-gestores e ex-parlamentares e por pessoas sem militância política é uma estratégia para não colocar em risco aqueles que hoje ocupam cargos eletivos. Acontece que, com o advento da regra pró-fidelidade a partir de março de 2007, quem trocar de legenda perde o cargo. Entre os que vão aderir ao PSC está o ex-prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, que hoje integra a Executiva estadual do PR. É o próprio Pagot, sem expectativa de poder dentro do seu partido, ajudando a descontruir a legenda que ele próprio ajudou a fundar em Mato Grosso.

(8h45) - Democrata confirma incentivo de Pagot e aguarda aval de Maggi rumo ao PSC

O secretário de Estado de Projetos Estratégicos e presidente do MT Regional, José Aparecido, o Cidinho, confirmou as articulações para aderir ao PSC, inclusive já como presidente estadual. Ele observou, porém, que a troca do DEM pela nova sigla não está totalmente fechada. Cidinho já conversou e obteve respaldo do presidente nacional, deputado Everaldo Dias Pereira. Revela que na última sexta conversou com o senador Jayme Campos, a quem explicou as razões que estão motivando-o a se desfiliar.

Cidinho confirma que, de fato, esteve reunido com Luiz Pagot no domingo. Agora, ele observa que falta chegar a um entendimento com o governador Blairo Maggi. O ex-presidente da AMM por dois mandatos destaca que a tendência é arrebanhar um número considerável de novas lideranças para o PSC, principalmente ex-prefeitos e ex-vereadores.





Fonte: RD News

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