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Politica Brasil
Quinta - 23 de Abril de 2009 às 13:37
Por: Patrícia Sanches e Sandra Cost

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Mas de 500 sem-terras do Estado realizaram uma manifestação em frente ao Palácio Paiaguás nesta quinta (23). Gritaram palavras de ordem contra o governador Blairo Maggi (PR) e o vice Silval Barbosa (PMDB) e cobraram maior celeridade nos processos de assentamento em todo o Estado: “Queremos terra! Chega de fazendeiros”, diziam os manifestantes. Com bandeiras de cor vermelha e faixas com frases de protesto, os sem-terra deixaram o Paiaguás e seguiram à Assembleia Legislativa, onde participam de uma audiência pública com o presidente da Mesa Diretora, deputado José Riva (PP). A sessão chegou a ser suspensa.

“Somos contra o projeto que prevê regularização de grileiros que tem até 6 mil hectares”, disse o presidente Nacional Movimento dos Sem-Terra, João Pedro Stédile, numa referência à implantação do projeto MT Legal - confira mais aqui. A mobilização faz parte do denominado “abril vermelho”, que desencadeou uma série de manifestações em todo o país para relembrar o massacre dos Carajás, no Pará, que ocorreu há 13 anos. “Não podemos continuar convivendo com todo este desmando. Em todo o país a reforma agrária padece. Aqui em Mato Grosso não é diferente. O Incra adotou a mesma metodologia realizada em outros Estados e o resultado é péssimo”, disparou Stédile.

O presidente do MST rebateu as críticas contra o movimento que seria um dos responsáveis pelo desmate no Estado. Segundo ele, os sem-terra não tem culpa por serem “jogados” para o Nortão de Mato Grosso. “Eles (sem-terra) são colocados em um lugar onde só tem mata, desmatam, vendem a madeira e depois começam a plantar. Esses burgueses só sabem jogar a culpa nas pessoas erradas”, rechaça. Por outro lado, Pedro Stédile cobrou maior postura do governador no combate ao desmatamento. “Precisamos cumprir a lei que determina que 80% da mata nativa da Amazônia devem ser preservadas”. Em seguida, mandou recado a Maggi: “Li uma entrevista dele (Maggi), no jornal O Valor. Ele defendeu o cumprimento do código ambiental, espero que realmente respeite”.

Zoneamento Ambiental

O presidente Nacional do MST elogiou o projeto que define o Zoneamento Socioambiental e Ecológico do Estado. Por outro lado, pondera ser necessário muito debate e respeito à Constituição Federal. “Tem deputado aqui que quer usar esse projeto para infringir leis e se beneficiar. É bom todos saberem que a lei federal é maior e deve ser cumprida”, disparou Stédile, em audiência com os deputados. O projeto sobre zoneamento está em discussão na AL há quase uma década. Os deputados estão promovendo audiências públicas antes de levar a mensagem à votação em plenário.





Fonte: RD News

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