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Politica Brasil
Quarta - 22 de Abril de 2009 às 12:01

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O prefeito Zé do Pátio e o seu ex-padrinho político, deputado federal Carlos Bezerra, se estranharam e trocaram farpas no encontro do diretório do PMDB de Rondonópolis, na última sexta, com participação de alguns secretários da atual administração. Estavam presentes cerca de 70 pessoas.

As divergências começaram por causa do nome do vice-governador Silval Barbosa, que é rejeitado por Pátio como alternativa do partido para concorrer ao Palácio Paiaguás. O vereador Lourivaldo Manoel de Oliveira, o Fulô, fez elogios ao partido. Disse que o PMDB, com a conquista de algumas prefeituras, entre as quais a de Rondonópolis, estava voltando às origens com participação das massas. Em seguida, defendeu o nome de Silval para governador.

A diretora da Companhia de Saneamento do município (Sanear), Terezinha de Souza Silva, que atuou como financeira da campanha vitoriosa de Pátio, contrapôs Fulô. Num discurso sintonizado com o prefeito, ela apresentou resistência ao nome de Silval. Disse que o PMDB deveria tentar reconquistar à cadeira de governador com o próprio Bezerra, que já comandou o Estado na década de 1980.

Em meio à euforia, Bezerra pediu a palavra, para dizer que precisava deixar a reunião porque tinha um outro compromisso. Pátio o interceptou. Pediu que este permanecesse na reunião por mais um tempo para ouvir o seu discurso e já começou a falar. Pátio chamou Silval de traidor por não tê-lo apoiado nas eleições do ano passado. Disse ainda que o vice-governador não tem base política consolidada no interior o que dificulta a estratégia de sustentar um projeto de candidatura ao Paiaguás e que não serve ao partido, mas sim ao governo Blairo Maggi.

Zé do Pátio disparou também sua metralhadora verbal contra Bezerra. Disse que o PMDB está sem comando e defendeu que o cacique abrisse espaço "para outro nome com maior visibilidade eleitoral e sem desgaste para comandar o partido". Bezerra reagiu de imediato. Afirmou que Pátio faz uma administração pífia e que corre risco de não chegar ao final do mandato, a exemplo do que aconteceu com o último prefeito peemedebista de Rondonópolis, o médico Alberto de Carvalho, que renunciou ao mandato em 1998, após se envolver em escândalos e se sentir acuado por uma CPI aberta na Câmara Municipal. Bezerra usou outros adjetivos para desqualificar o seu ex-afilhado político e, em seguida, deixou a reunião antes do término.

No dia seguinte, dirigentes peemedebistas tentaram contornar a crise. Para apaziguar os ânimos e demonstrar que os conflitos já tinham sido superados, Bezerra e Pátio participaram juntos de duas reuniões na segunda, uma na Vila Mamed e, a outra, na Vila Olinda. Discutiram com a comunidade obras para os bairros. Assessores afirmam que Bezerra, desta vez, fez elogios à gestão Pátio.





Fonte: RD News

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