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Cidades/Geral
Quarta - 15 de Abril de 2009 às 00:47

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O governador destituiu nesta segunda (13), quatro anos após instaurado um processo administrativo disciplinar, o diretor da Cadeia Pública de Rosário Oeste (a 116 km de Cuiabá), Salomão Mamedes de Arruda Filho. Ele foi acusado de praticar uma série de irregularidades, entre elas a de manter relações sexuais com uma adolescente. O crime, que se configura prostituição infantil, se dava sob o pretexto de permitir a entrada da menor à cadeia para visitar seu namorado, o reeducando Nelcinho Rosseto Júnior.

Salomão foi acusado de manter relações sexuais com adolescente, como condição para permití-la entrar na cadeia e responde também por improbidade administrativa

Além disso, as investigações apontaram que o servidor permitiu a saída do reeducando Dirceu Borges Neto, o Netinho, sem autorização judicial. O detento chegou a viajar para Jangada, sem nenhuma comunicação. Netinho também se deslocou a Cuiabá em outra oportunidade, desta vez junto com o próprio diretor da cadeia. Na Capital, ambos foram a um consultório médico, de propriedade do irmão do detento Túlio. Salomão perguntou ao médico se este teria algo para mandar ao irmão, quando recebeu R$ 50 com o compromisso de entregar a Túlio. Segundo dados contidos no relatório conclusivo das investigaçoes, esse dinheiro não chegou às mãos do detento, conforme revela o próprio Túlio.

O diretor Salomão chegava ao cúmulo de transitar dentro e fora da cadeia portando arma de fogo, além de conceder regalias a determinados reeducandos e tratamento diferenciado entre os detentos. Com o resultado da investigação, a Comissão Processante aplicou a pena de destituição do cargo por considerar que o então diretor infringiu diversos artigos que regem o Serviço Público do Estado, além de constatar atos de improbidade administrativa. Antes de determinar a exoneração do diretor, o governador consultou a Procuradoria-Geral do Estado. Em seu parecer, o procurador Wylerson Verado de Aquino Sousa se manifestou favorável à pena de destituição do cargo, considerando que, contra Salomão há uma série de provas que incriminam-no. Em sua defesa, o ex-diretor alegou que as saídas dos reeducandos foram necessárias para tratamento médico e que informava previamente ao juiz da Comarca. De todo modo, o Palácio Paiaguás determinou a sua exclusão dos quadros da Polícia Judiciária Civil.





Fonte: RD News

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