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Cultura
Segunda - 13 de Abril de 2009 às 12:30
Por: Olga Borges Lustosa

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Eu falo da Orquestra de Mato Grosso com propriedade e até com certa vaidade, por ter a amizade pessoal do Leandro Carvalho e por ser uma fã incondicional do trabalho sério e arrojado desses jovens talentosos, cujo início do trabalho presenciei no ano de 2005. Escrevo hoje como uma mulher que aprecia de fato a música erudita, que ouve Bach, desde muito tempo, que ouve Tocata e Fuga para realmente fugir do mundo real para o mundo lúdico que esse ambiente clássico proporciona, conheço a belíssima Missa da Coroação, peça de Mozart.

Domingo à noite ao assistir a apresentação da Orquestra, interpretando Stravinski e Radamés Gnattali, reportei-me ao ano de 2005, quando organizei a inauguração de uma pequena sala no anexo do restaurante popular, no antigo prédio da Prosol, um espaço doado pela Primeira Dama Terezinha Maggi; ali o Maestro iniciava efetivamente seu trabalho artístico e institucional, passando a contar com o apoio do Governo para a realização de seus projetos culturais. Depois veio-me a memória a visita do então Ministro Gilberto Gil a Cuiabá, quase exclusivamente para conhecer o projeto do querido amigo Leandro Carvalho. Acompanhei o Ministro ao Bairro Dom Aquino para conhecer o projeto patrocinado, na época, pelo Ministério e era visível o encantamento do músico Gilberto Gil com as crianças que se apresentaram, apoiadas pelo projeto Ciranda, coordenado por Leandro Carvalho.

Eu, que também tenho orgulho de dizer que conheço e bem todo meu Estado, posso imaginar o significa para o povo de um pequeno município de Mato Grosso, receber a Orquestra para seus concertos didáticos e deliciar-se de seu repertório, mesmo num ambiente improvisado e público sem conhecimento de música erudita. Deve ser um momento mágico, os olhos grudados ora nos músicos ora nos instrumentos e na dança elegante do Maestro regendo. É um sincronismo de pura elegância e profissionalismo.

Há ainda que destacar-se o respeito do Maestro Leandro Carvalho pelos ritmos e instrumentos da nossa terra, por haver integrado a viola de cocho, símbolo da nossa cultura, aos instrumentos tradicionais da orquestra.

Convidei Vinícius, meu neto de 06 anos para o concerto. A princípio um certo desconforto na poltrona, depois, olhinhos grudados na figura do Maestro, de quem já ouviu muito em casa, mesmo assim, meio decepcionado me pergunta por que Leandro não toca nenhum instrumento e também porque não tem guitarra nessa orquestra. Explicamos. Pouco depois, já estava ele a imitar o movimento dos braços do premiado Maestro Leandro Carvalho e a aplaudi-lo.

Do camarim voltou para casa segurando cuidadosamente um DVD autografado. Naturalmente mais um fã.





Fonte: Chefe de Gabinete - Seder/MT

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