Deputado de MT paga “mico” em programa de humor político em rede

O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que tem uma das mais extensas folhas de atuação política de Mato Grosso, “pagou mico” nesta segunda-feira ao aparecer no programa humorístico “Custe o Que Custar”, o CQC, da TV Bandeirantes. Demonstrando um certo mal-humor – totalmente não recomendável quando se está a frente de humoristas de grande prestígio – o parlamentar não soube responder – assim como vários outros colegas de trabalho – o que representa a sigla ENEM, o Exame Nacional de Ensino Médio. Na média geral poucos souberam dizer o significado da sigla. Alguns chegaram até tentar uma “enroladinha” básica, ao fazer elogios ao exame mantido pelo Ministério da Educação.

Bezerra seguiu a linha de vários colegas: foi seco e quase áspero ao dizer que não sabia o que significava ENEM. A forma como encarou o fato escondeu a forma matreira como Bezerra encara as chamadas “saias justas”. O parlamentar tem uma longa folha de atividades política, começando como deputado estadual, exilado político na ditadura, prefeito de Rondonópolis, governador, senador e agora, deputado federal. Também já foi presidente do INSS no primeiro Governo de Lula. Bezerra é, certamente, um dos dirigentes partidários com maior tendo na presidência de uma sigla – a qual conduz com mão de ferro.

O CQC é um dos líderes de audiência do segmento. A principal marca do time "Custe o Que Custar" é a irreverência. Com humor inteligente, audacioso e muitas vezes ácido, o programa faz um resumo semanal das notícias, e nessa varredura dos fatos importantes, sob o olhar atento do CQC, ninguém escapa. O foco do programa, que vai ao ar diariamente, sempre esteve nas situações e nos entrevistados. Exemplo disso foi a confissão que arrancaram do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) enquanto o levavam para o show de Bob Dylan: ele já fumou maconha.