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Economia
Terça - 24 de Março de 2009 às 13:18
Por: Deise de Oliveira

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Os bancos reduziram a previsão de crescimento da economia para este ano, para 0,3% no levantamento de março feito pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), ante 1,9% no de fevereiro. Por conta da piora da atividade econômica, a pesquisa aponta expectativa de crescimento menor do crédito, de 14,2% para este ano, e inadimplência de 5,4%, o maior nível desde 2000.

Segundo a pesquisa Febraban de Projeções e Expectativas de Mercado, realizada nos dias 19 e 20 de março com 33 instituições financeiras, a taxa projetada para a inadimplência neste ano é 0,5 ponto percentual maior que a de fevereiro, de 4,9% e também superior aos 4,4% registrados em 2008.

"A inadimplência, caso a projeção se confirme, atingirá o nível mais alto desde 2000. É um crescimento forte. A retração da atividade econômica, o aumento do desemprego e a queda da renda devem elevar a inadimplência. Mas ela deve recuar em 2010 [a expectativa é ficar em 4,8% no próximo ano]", disse o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.

Quanto às operações de crédito, a expectativa em março aponta crescimento de 14,2% neste ano, 2 pontos percentuais abaixo da estimativa de fevereiro. Em 2008, a expansão foi de 31,1%.

Na perspectiva de um crescimento menor da economia neste ano, o impacto será maior sobre o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria, que deverá ficar negativo em 1,3%, conforme a pesquisa de março, contra expansão de 1,3% esperada no mês anterior.

Segundo a pesquisa, a produção industrial também deve ter queda de 1,7%, antes expectativa de crescimento de 1,3% no levantamento de fevereiro. A variação bruta de capital fixo (que indica a taxa de investimento) deve ficar negativa em 1%, contra projeção de alta de 4,7% na apuração anterior.

Para o IPCA, índice oficial de inflação, a expectativa é de fechar este ano em 4,3%, ante 4,6% na pesquisa de fevereiro, e menor do que a meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Para a Selic, a taxa básica de juros, a estimativa é que encerre 2009 em 9,25% ao ano, contra perspectiva anterior de 10,75%.

"Espera-se um queda importante e estável para 2010, embutindo mais dois cortes de 1 ponto percentual nas duas próximas reuniões, até 9,25%, e permanecendo estável até o fim do ano e em 2010", disse Sardemberg.





Fonte: Folha Online

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