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Politica Brasil
Sexta - 20 de Março de 2009 às 14:55
Por: Luiz Acosta

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Parlamentar afirma que atividade não está se sustentando economicamente em Mato Grosso

O deputado Otaviano Pivetta (PDT) manifestou, em discurso no Plenário da Assembléia Legislativa, preocupação com a grave crise que está atingindo o setor produtivo e industrial em Mato Grosso, principalmente com as plantas frigoríficas que, sem conseguir captar créditos externos para fazer capital de giro, acumulam dívidas grandiosas com os fornecedores.

Piveta é um dos maiores produtores rurais de Mato Grosso e com investimentos diversificados em várias atividades do agronegócio - entre eles, a pecuária.

Mesmo considerando que a crise não é uma coisa nova, de acordo com Pivetta, os dois principais fundamentos dessa situação são a baixa eficiência do plantel e a recuperação judicial que os frigoríficos estão fazendo.

"Nós temos um rebanho de 26 milhões de cabeças e, pelas previsões que estão sendo feitas, vamos abater cerca de 4 milhões de cabeças neste ano. Então, o desfrute de 15% é muito baixo, considerando que o Brasil tem uma taxa de juros de 15% ao ano,são apenas três pontos acima da taxa de juros. Isso quer dizer que, imaginando que o nosso rebanho valha R$ 260 milhões, o que se abate dá apenas para pagar os juros desse valor. Assim, é uma atividade que, economicamente, não se sustenta e que não provoca nenhum tipo de desenvolvimento para o Estado e, por siso, já coloca o setor em crise", explicou o deputado.

Agora, quanto ao problema da quebradeira e das recuperações judiciais que os frigoríficos já fizeram, segundo Otaviano Piveta, agrava ainda mais esse quadro. "Essas questões promovem a evasão da renda que os produtores pensavam obter e que, agora, será dilatado num prazo conforme as empresas vão conseguir nos seus respectivos projetos de recuperação judicial", argumentou.

Intervenção

O quadro atual, na opinião do deputado, não vai mudar se não houver uma forte intervenção do Estado, uma vez que os produtores e os donos de frigoríficos estão completamente exauridos e sem nenhuma capacidade de se sustentarem daqui para frente.

"O que nós combinamos ontem (18), na Comissão de Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa, é que se faça primeiro um levantamento para ver quem são os credores e qual é o tamanho real desse crédito. Fazer um inventário do rebanho que está represado no Estado por falta do setor de abate, que ficará a cargo da Famato e da Acrimat e deverá ser concluído ainda esta semana. Então, diante dessas informações, nós pretendemos fazer um plano de saneamento que passa, na minha opinião, necessariamente pelas mãos do Estado", disse.





Fonte: Midia News

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