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Esportes
Quarta - 04 de Fevereiro de 2009 às 09:53
Por: Renan Cacioli

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Foi o assessor de imprensa quem avisou Cleiton Xavier, pouco antes da estreia no Paulista: "se prepara porque você vai vestir a 10". A história ilustra um pouco do jogador que defende o Palmeiras nesta quarta-feira, às 23h, contra o Real Potosí.

O meia herdou a mítica camisa do chileno Valdivia, que a utilizara nos dois últimos anos. Mas destoa da figura tradicional do craque, do homem que chama a responsabilidade. Ele próprio admite isso.

"Não sou o craque, o cara que decide o jogo. Sou um jogador mais moderno", diz o autor de 4 dos 15 gols marcados pela equipe na temporada --ele tem média de um por partida.

Cleiton Xavier também não possui o carisma que fez Valdivia ser tão idolatrado pelos palmeirenses e odiado pelos rivais. Dificilmente será visto comemorando seus gols pedindo silêncio ao goleiro Rogério, como fez o chileno em um dos clássicos diante do São Paulo.

Mas, se for levado em conta o início de trabalho no clube, é bem provável que ele consiga se firmar como titular absoluto de Vanderlei Luxemburgo. E possa honrar o manto que já vestiu, entre outros, Ademir da Guia.

"É uma camisa importante. Vou buscar manter a tradição da 10 no Palmeiras. Mas o mais importante é ajudar a equipe", afirma, em outra mostra da simplicidade que cerca o ex-atleta do Figueirense.

Foi no clube do Sul do país, aliás, que já com 25 anos de idade --um veterano pelos padrões atuais do futebol-- ele chamou a atenção do eixo Rio-São Paulo. Anotou 12 gols em 33 jogos no Brasileiro-2008.

Mas além do faro de artilheiro, Cleiton Xavier se destacou, também, por saber desarmar os oponentes. É assim que ele tem atuado na nova casa. Ora é o volante que sai do campo de defesa, ora o atacante posicionado na frente da meta dos rivais.

"Já joguei algumas vezes como volante. E até atacante já fui. Isso facilita as coisas para mim. Aprendi a marcar e a atacar" diz o jogador. A bela apresentação na partida de ida contra o Potosí, na semana passada, rendeu elogios rasgados de Luxemburgo.

"O Cleiton é um jogador diferenciado. Ele sabe finalizar, bate bem com as duas pernas e consegue desarmar com perfeição. Além disso, ele tem uma visão incrível de jogo", disse o treinador, após os 5 a 1 aplicados na fraca equipe boliviana.

Menos badalado dentre os nove reforços trazidos pelo Palmeiras para esse ano, o bicampeão gaúcho pelo Internacional (2003/04) deixou sua marca com um forte chute de fora da área que pegou o goleiro Mauro Machado desprevenido. Nem assim Cleiton Xavier deixou a modéstia de lado. "Não quero me empolgar."

Hoje, o Palmeiras poderá perder por até três gols de diferença que garante vaga no Grupo 1 da Libertadores. A chave já conta com LDU (Equador), Colo Colo (Chile) e Sport Recife.

Experientes

Depois de citar o tiro de meta como uma jogada perigosa do Potosí, Vanderlei Luxemburgo tem destacado a experiência dos bolivianos na Libertadores, que jogam a terceira edição seguida.

O que não significa muita coisa, já que o clube jamais avançou à fase de mata-mata.Somadas as participações em 2007 e 2008, foram três vitórias, três empates e seis derrotas. Dois brasileiros já se deram mal nos 3.967 m de altitude. O Paraná (1 a 3) e o Cruzeiro (1 a 5).

REAL POTOSÍ

Mauro Machado; Ribeiro, Rodríguez, Paz García e Galindo; Ortiz, Suárez, Correa e Peña; Chiorazzo e Fernández. Técnico: Vladimir Soria

PALMEIRAS

Bruno; Danilo, Edmilson e Maurício Ramos; Fabinho Capixaba, Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza e Armero; Willians e Keirrison. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Local: estádio Mario Mercado Vaca Guzmán, em Potosí

Horário: 23h (de Brasília)

Juiz: Carlos Galeano (Paraguai)

NA TV - Real Potosí x Palmeiras

Sportv, ao vivo, às 23h





Fonte: Folha de S.Paulo

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