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Economia
Segunda - 02 de Fevereiro de 2009 às 14:40

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O Bradesco espera que sua carteira de crédito tenha um avanço entre 13% e 17% em 2009, puxado pelos empréstimos às empresas, informou o banco nesta segunda-feira durante teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre do ano passado --quando o lucro líquido ajustado foi de R$ 1,605 bilhão, contra R$ 2,193 bilhões no mesmo período de 2007, com queda de 26,81%.

A meta é um pouco maior do que a média de mercado projetada pela equipe de economistas do banco, que é de 13%. Caso os números se confirmem, portanto, o Bradesco ganharia participação no mercado.

Apesar do cenário otimista se levado em conta a crise, o aumento do volume de crédito seria metade do registrado em 2008 --quando subiu 33,4%, para R$ 215,345 bilhões.

"O crédito deve crescer cerca de 15% em 2009", disse Marcio Cypriano, presidente do banco. "Nossa expectativa de alta no crédito para 2009 será focado nas pessoas jurídicas, porque as empresas devem tomar mais recursos [do que em 2008]."

A expectativa reside no fato das condições adversas do crédito para pessoa jurídica no quarto trimestre do ano passado prossiga neste ano. Ou seja, as empresas devem continuar acessando os bancos nacionais para obter financiamentos porque continuarão afastadas das captações por meio do mercado acionário ou de outros instrumentos e também dos financiamentos externos por causa da situação ainda pior de liquidez dos bancos nos países mais desenvolvidos.

Para pessoa jurídica, a meta do Bradesco é emprestar de 14% a 18% a mais neste ano --em 2008 a alta foi de 28,6%. O avanço seria maior entre as pequenas e médias empresas (de 15% a 19%) do que entre as grandes (de 13% a 17%).

Já para pessoa física o banco espera ter aumento de 11% a 15% na carteira, com destaque para veículos e consignado. Em 2008 a alta para esse ramo foi de 24,4%, para R$ 73,768 bilhões. Porém, o banco prevê emprestar R$ 5 bilhões para crédito imobiliário, 20% a menos que o ano passado.

Inadimplência

Como resposta à crise, o Bradesco realizou um aporte adicional de R$ 597 milhões no PDD (Provisões para Devedores Duvidosos). No último trimestre do ano passado, a inadimplência média foi de 3,6%, 0,1 ponto percentual sobre o terceiro trimestre.

"Há um aumento da inadimplência. Esperamos que continue crescendo, mas o tamanho [da alta] depende de como o emprego e a renda irão se comportar", explicou Cypriano, lembrando que o banco segue "conservador" sobre o quesito e, por isso, preferiu ampliar o seu "colchão" para os débitos em atraso. "Mas esperamos que não cresça muito."

Ele disse ainda que o problema já era esperado desde o primeiro trimestre do ano passado, quando os índices de inadimplência das pessoas físicas começou a dar sinais de que subiria.





Fonte: Folha Online

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