Minc diz que aposta no bom senso para retomar discussão sobre Código Florestal
Um dia depois de criticar o ministro da Agricultura, Reinholds Stephanes, por encerrar o grupo de trabalho que vinha tratando de mudanças no Código Florestal, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira (13) que acredita no "bom senso" para dar continuidade às negociações.
O grupo, que além dos dois ministérios, reunia parlamentares ambientalistas e representantes do agronegócio, passou por três rodadas de negociação.
Ontem, Minc disse que houve uma decisão "radical" por parte do ministro Stephanes. "Já houve três rodadas de negociação. Acredito que o ministro Stephanes radicalizou muito, mas acho que isso será retomado em outro patamar. Acho que é necessário esse acordo. Nós queremos mais produção, com mais proteção. Acho que a tragédia que ocorreu em Santa Catarina serve para mostrar para a gente o que acontece quando não se respeita o meio ambiente: a natureza se vinga."
Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram as discussões diante da proposta da Agricultura de reduzir áreas de conservação. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.
"Houve problemas na negociação, mas espero que sejam superados, porque há mais de 20 projetos na Câmara sobre esse assunto e ninguém tem maioria para aprovar ou desaprovar esse projetos. Tenho certeza que o bom senso vai prevalecer", avaliou Minc.
De acordo com o ministro, os ambientalistas estão dispostos a negociar alguns pontos com os ruralistas, que viabilizariam a modernização da agricultura sem "afrouxar" a preservação de áreas de preservação ambiental.
Minc garantiu que, apesar das divergências públicas, tem "um bom diálogo" com Stephanes. "Já fizemos tantos acordos. Esse é um pouco mais difícil, mas vai acabar saindo também", afirmou.
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