PR, PMDB e PSDB devem liderar ação para governo em Mato Grosso

O PR, o PMDB e o PSDB conquistaram, nas eleições municipais deste ano em Mato Grosso, "musculatura" eleitoral para a disputa da sucessão do governador Blairo Maggi em 2010. O DEM, apesar de ter eleito 24 prefeitos, não ganhou força política para sustentar a pré-candidatura do senador Jaime Campos e o PP conseguiu se consolidar, mas não deve concorrer ao Palácio Paiaguás. O mesmo deve acontecer com o PT.

"Acho que o quadro que se desenha hoje, após o resultados das eleições municipais, uma disputa entre o PR, o PMDB e o PSDB pelo governo do Estado", diz o historiador e professor Alfredo da Mota Menezes, um dos principais analista político do Estado. As forças políticas nas 10 principais cidades são o PR que elegeu quatro prefeitos (Várzea Grande, Primavera do Leste, Tangará da Serra e Barra do Garças), o PMDB três (Rondonópolis, Sorriso e Sinop), o PSDB um (Cuiabá), o PP um (Cáceres) e o PDT um (Alta Floresta).

Nem o DEM e nem o PT conseguiram conquistar uma das 10 principais cidades de Mato Grosso. "O senador Jaime Campos saiu desse processo eleitoral com a canela trincada", analisa Menezes, para quem o PT e o PP não possuem, em seu quadros, nomes para disputar a sucessão estadual de 2010. Para ele, o PSDB deve lançar o prefeito reeleito Wilson Santos, enquanto o PMDB o vice-governador Silval Barbosa e o PR o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot.

Alfredo Menezes prevê, por exemplo, que Luiz Pagot irá encontrar sérias dificuldades para viabilizar a sua pré-candidatura, caso não consiga realizar uma obra no Estado de grande repercussão no comando do Dnit.

Por sua vez, o prefeito Wilson Santos terá que fazer a sua administração empolgar e, depois, conseguir atrair aliados para a sua base. Mas, Silval necessita apaziguar o PMDB (o prefeito eleito de Rondonópolis, Zé do Pátio, mostra-se arredio em referendar o projeto) e conseguir manter a aliança com o PR.