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Policia MT
Terça - 18 de Junho de 2013 às 08:03
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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DIVULGAÇÃO/INTERNET
Imagem ganhou repercussão nas redes sociais e prefeitura diz que panfletos foram retirados de circulação há duas semanas
Imagem ganhou repercussão nas redes sociais e prefeitura diz que panfletos foram retirados de circulação há duas semanas
Prefeitura Municipal de Cuiabá distribuiu em uma universidade da Capital panfletos que entidades ligadas ao movimento LGBT definem como homofóbico. Os informativos eram contra a disseminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). A imagem da publicação chegou às redes sociais e causou revolta entre os internautas. 


 
Entre os informes, o panfleto traz uma imagem de dois homens se abraçando, com a legenda “sexo anal – pega”. Para um estudante que teve acesso ao panfleto na universidade, mas não quis se identificar, a imagem não deixa clara a mensagem e faz uma ligação entre a Aids e os homossexuais. “O casal gay representa apenas um dos muitos erros do flyer. O panfleto não tem sequer uma explicação sobre prevenção”. 


 
O secretario de comunicação da Organização Não-Governamental (ONG) Livre-mente, Clóvis Arantes, afirmou que vai pedir esclarecimentos a administração do município sobre os panfletos e a partir da resposta, a organização entrará com um pedido no Ministério Público do Estado para responsabilizar os envolvidos, sejam da administração atual ou passada. “O panfleto é horroroso, homofóbico e de extremo mau gosto. Informações erradas apontam que as outras formas de relação sexual não transmitem doenças.” 


 
Ele ressalta a maneira incoerente como o governo vem tratando a temática sexual. “Na semana passada o ministro da Saúde demitiu um diretor por lançar uma campanha que aumentava a autoestima das prostitutas e agora, uma campanha que denigre e abaixa a autoestima do grupo não pode ficar impune”, disse. 


 
A Coordenadora do Centro de Direitos Humanos, Claudia Carvalho, afirmou que teve acesso apenas a imagem divulgada na rede social e que irá investigar o caso. “O material é bastante homofóbico e não atende aos critérios didático-pedagógicos. Traz uma linguagem chula e vulgar, é muito confuso e reforça a ideia erronia da ligação entre a homoafetividade e a doença. Principalmente, não tem nenhum critério científico”, afirmou. 


 
A assessoria de Imprensa da prefeitura informou que o material mencionado foi distribuído há aproximadamente duas semanas atrás para um pequeno grupo de pessoas em um evento na universidade. A assessoria afirmou que o material foi criado há dois anos, durante a gestão anterior, porém foi reimpresso pela atual Secretaria de Saúde Municipal sem passar pelo crivo da administração. De acordo com a prefeitura, o material foi completamente retirado de circulação após a descoberta da falha. 





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