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Quinta - 11 de Setembro de 2008 às 08:35

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Mato Grosso emitiu, nos últimos 10 anos, 1 bilhão de toneladas de carbono na atmosfera. Diante desse fato, a ONG Instituto Centro de Vida (ICV), uma das entidades promotoras do seminário "Mudanças Climáticas", que termina hoje, no Hotel Fazenda Mato Grosso, pesquisou medidas de redução desse carbono. O resultado foi o lançamento da publicação "Redução das Emissões do Desmatamento e da Degradação (REDD): potencial de aplicação em Mato Grosso.

O coordenador-adjunto do ICV, Laurent Micol, explicou que o ICV tomou a iniciativa de fazer o estudo porque viu que havia muita discussão internacional sobre como pagar pela conservação das florestas. No entanto, pouco se discutia sobre o que fazer com o recurso para reduzir o desmatamento.

Nesse documento o ICV aponta alguns caminhos que servem para nortear Governo do Estado e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). "Mato Grosso foi escolhido para o estudo por ser emblemático em níveis de desmatamento e possibilidades de redução. Também, dentre os estados da Amazônia Legal, foi o primeiro a criar ferramentas para monitorar o desmate. Portanto, pode servir de referência para toda a Amazônia brasileira".

Além de embasar os governos o estudo pretende nivelar informações para todos os segmentos sobre qual a real situação do problema e quem polui e quanto. Os assentados foram responsáveis por 6% dos desmatamentos enquanto os grandes e médios agricultores respondem por mais de 90%, de acordo com a publicação.

Laurent lembra que algumas medidas apontadas já têm com ser feitas imediatamente. Algumas delas são: garantir a eficiência da redução do desmatamento e a repartição justa dos benefícios recompensando mais quem preservar mais. Também ampliar e fortalecer o sistema de licenciamento e a fiscalização.

Por enquanto ainda existem poucas experiências de REDD. Um exemplo é o programa Lucas Legal, da cidade de Lucas do Rio Verde, que visa legalizar todas as propriedades em seu território para um melhor monitoramento. O coordenador disse que há vontade política para mudar. Mas a sociedade tem que pressionar para acontecer





Fonte: A Gazeta

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