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Internacional
Sexta - 22 de Agosto de 2008 às 09:52

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Os Estados Unidos aprovaram a remoção das tropas das cidades iraquianas para junho do próximo ano e de todo país em 2011, caso as condições de segurança se mantenham relativamente estáveis, noticiou nesta sexta-feira (22) o jornal "The New York Times", citando fontes oficiais iraquianas e norte-americanas envolvidas na negociação.

O prazo para a retirada, que a administração Bush chamou de "metas desejadas" e não "fixas", está descrito em um acordo que ainda precisa ser aprovado pelo primeiro-ministro Nuri Kamal al-Maliki e outros líderes iraquianos, segundo a reportagem.

Autoridades norte-americanas frisaram repetidamente que as datas acordadas dependem da situação de segurança no país, onde a matança sectária e os ataques às tropas americanas têm diminuído neste ano em relação a 2007 e 2006. De acordo com o "New York Times", no entanto, os líderes iraquianos ainda podem rejeitar o acordo.

Segundo o chefe iraquiano das negociações, Mohammed al-Haj Hamoud, citado pela rede CNN, a reunião entre a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o primeiro-ministro iraquiano nesta quinta-feira (22) foi vitoriosa ao alcançar o acordo.

Importância

A questão do prazo é de extrema importância política tanto para os Estados Unidos quanto para o Iraque. Os dois pretendentes à Presidência americana, John McCain e Barack Obama, fazem declarações quase diárias sobre o futuro da guerra.

Obama quer que todas as forças combatentes saiam do Iraque em 16 meses, alegando que elas são mais necessárias no Afeganistão. Já o republicano McCain diz que as melhoras na segurança mostram que a decisão sobre o prazo deve ser determinada pela circunstâncias do campo de batalha e não por uma planilha de prazo - posição que a Casa Branca mantém até hoje.

Um item importante do acordo é que as empresas de segurança que atuarem no país ficarão sujeitas à lei iraquiana, ao contrário do que ocorre hoje. A imunidade continua a ser um ponto de contenção entre os dois lados na resolução final. Os iraquianos estão relutantes em permitir que os funcionários de firmas terceirizadas americanas de segurança tenham liberdade total fora das bases americanas e não se sujeitem à lei iraquiana.

A noção de urgência para completar o acordo surge porque a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre as bases legais da presença americana no país expira no final deste ano.

* Com informações da AP





Fonte: G1

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