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Nacional
Sexta - 15 de Agosto de 2008 às 18:25

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O traficante Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, disse nesta sexta feira à Justiça que é empresário do ramo da construção civil. Durante o julgamento do processo que responde por associação para o tráfico de drogas, que acontece no 4º Tribunal do Júri do Rio, Beira Mar negou as acusações e disse que seu nome foi incluído no caso para dar "status" ao processo.

O traficante chegou ao Rio no início da manhã de hoje. Ele é acusado pelo Ministério Público do Rio de ter ligação com um grupo de supostos traficantes que atirou contra policiais que o perseguia em Duque de Caxias (Baixada Fluminense) em 1996. Para a Promotoria, o bando tentava evitar a prisão de Charles Silva Batista, o Charles do Lixão, líder do tráfico de drogas na região ligado a Beira-Mar.

Segundo o promotor Luciano Lessa dos Santos, autor da denúncia, Beira-Mar era associado ao grupo no comando do tráfico de drogas de favelas de Duque de Caxias. "Eles dividiam armas e informações e colaboravam uns com os outros", disse o promotor no julgamento.

Em depoimento de sete minutos, Beira-Mar afirmou que seu nome só foi incluído neste caso por "status". "Tudo que acontece em Caxias eles atribuem a mim, para valorizar o processo, para dar status. Os delegados de lá [Caxias] sempre fazem isso."

O traficante alegou ainda que na época do tiroteio ele morava em Belo Horizonte (MG), onde fazia curso pré-vestibular e tinha uma loja de material de construção. O promotor contestou dizendo que, mesmo fora do Rio, Beira-Mar ainda chefiava o tráfico da favela Beira-Mar, onde foi criado.

"Pouco importa que ele estivesse em Belo Horizonte na época. Ele dava ordens de lá para matar rivais, determinar as cargas de drogas que entravam e saíam da favela. Informações da P2 [serviço de inteligência da PM] do 15º Batalhão de Polícia Militar (Caxias) do ano 2000 ainda o apontavam como chefe do tráfico da favela Beira-Mar", disse o promotor.

Questionado pela juíza Maria Angélica Guedes sobre sua profissão, Beira-Mar disse que é empresário do ramo de serragens e material de construção. Durante a sessão, que continua na tarde desta sexta, Beira Mar aparentou calma e sorriu bastante para conhecidos que assistiam ao julgamento na platéia.

No inicio da sessão, o advogado de Beira-Mar, Francisco Santana, pediu à juíza que as algemas do traficante fossem retiradas. Ela acatou o pedido.





Fonte: Folha Online

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