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Esportes
Terça - 05 de Agosto de 2008 às 10:53

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Eufóricos há menos de um mês, Fluminense, Vasco e Flamengo amargam a ressaca no Campeonato Brasileiro.

No início de julho, o tricolor carioca se preparava para conquistar a Libertadores --título inédito em sua centenária história. Já o Flamengo liderava o Brasileiro com cinco pontos de vantagem sobre o Cruzeiro, time que permanece ainda na vice-liderança. O Vasco, por sua vez, comemorava o final da era Eurico Miranda e acreditava na volta do período de vitórias.

Agora, a realidade dos três clubes é bem diferente. Finalista da Libertadores, o tricolor carioca enfrenta a maior crise entre os cariocas. Na zona de rebaixamento desde a segunda rodada, o time das Laranjeiras foi obrigado ontem a fugir dos torcedores. Temendo protestos no clube, a diretoria do Fluminense transferiu o treino para o isolado estádio da Portuguesa na Ilha do Governador. Além disso, os dirigentes proibiram os torcedores de assistirem ao treino no clube.

"Isto não é a primeira vez que acontece no futebol brasileiro. A torcida foi demais na Libertadores, mas existem momentos para deixá-la de fora. Queremos apenas tranqüilidade para trabalhar", disse o técnico Renato Gaúcho, que antes de o time perder a Libertadores para a LDU em pleno Maracanã afirmava que a equipe "brincaria" no Brasileiro. Na quarta, o treinador poderá perder o cargo em caso de nova derrota na competição. O time enfrentará o São Paulo, no Maracanã.

"Meu limite de paciência não esgotou e não vai ser agora que vou baixar a guarda", disse o técnico, que conta com o apoio do presidente da Unimed, Celso Barros. A empresa banca o futebol do tricolor há dez anos.

O Fluminense soma apenas 13 pontos e está na penúltima colocação do Brasileiro. Desde a eliminação da Libertadores, o time teve aproveitamento de 37,03% (cinco derrotas, três vitórias e um empate). Ontem, Renato ensaiou a terceira formação tática diferente para a equipe --o tradicional 4-4-2.

Como se não bastasse a má fase, o tricolor carioca não conta com os seus principais jogadores na Libertadores --o meia Thiago Neves e o zagueiro Thiago Silva. Os dois integram a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Já o Vasco também está em situação delicada na tabela. O time de São Januário tem 19 pontos e está na 14ª colocação.

Além da má fase em campo --confirmada na goleada para o São Paulo, por 4 a 0, domingo--, o atacante Edmundo expôs a crise no grupo. Ele reclamou de vários companheiros e se recusou a jogar no domingo.

"Fico envergonhado, principalmente pela forma como foi o último jogo. Encontro alguns amigos e eles dizem que se fizerem um time qualquer vão ganhar da gente. É um jogo para se ter vergonha", disse o atacante Leandro Amaral, acrescentando que o time "corre um grande risco" de ser rebaixado.

Na noite de domingo, os vascaínos tiveram que embarcar no ônibus do clube na pista do aeroporto Santos Dumont para não enfrentar um grupo de torcedores. Eles queriam jogar pipocas nos atletas.

Apesar de estar longe da zona de rebaixamento, o Flamengo também vive crise. Após derrota para o Cruzeiro, por 2 a 1, no Maracanã, o time deixou pela primeira vez a zona de classificação para a Libertadores. O time não vence há seis partidas.

"Nenhum jogador tem culpa por esses últimos resultados. O treinador tem que assumir nestes momentos e não tenho medo nenhum em relação ao meu emprego. Tenho convicção no que venho fazendo e quero isentar todo mundo. Estou certo que vamos virar, o torcedor pode acreditar nisso", disse o técnico Caio Júnior, que foi chamado de burro pela torcida na última partida.

"Estamos cada vez mais fortes. Podem ter certeza disso. Temos o exemplo do ano passado, quando esse grupo surpreendeu o Brasil inteiro, e foi para a Libertadores. Esse ano foi campeão carioca e vamos nos recuperar", acrescentou o treinador, que não teme perder o cargo em um novo tropeço.





Fonte: Folha de S.Paulo

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