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Copa 2014
Domingo - 09 de Junho de 2013 às 18:09

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Ao contrário do que defende o senador Blairo Maggi (PR), o cientista político da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) João Edisom, defende que a antecipação da discussão sobre as eleições de 2014 é válida. Para ele, este será um ano de eleições atípicas, visto que a Copa do Mundo pode “camuflar” o debate político. 

O início das discussões apenas em agosto do próximo ano poderia representar algo positivo para grandes agremiações, visto que evitaria um excesso de ataques a seus candidatos. Contudo, para as legendas menores, que dependem das composições para se manterem no cenário, este seria um agende motivador de ações “às cegas”. 

Estas siglas, aliás, são justamente as que fomentam o debate antecipado, segundo o cientista. Uma forma de tentar provocar definições de candidaturas mais cedo. 

“Realmente ainda é muito cedo, mas temos um complicador. Parafraseando o (ex-presidente) Lula, nunca antes na história desse país houve uma eleição como será 2014. O país só funciona após o carnaval e ainda temos a Copa. Os partidos que não tem cabeça de chapa estão perdidos e forçando, a todo custo, saída de candidatos”. 

Esse pode ser o caso do PR, que mesmo possuindo o nome do senador Blairo Maggi para disputar o governo, depende da decisão do PMDB de lançar ou não o governador Silval Barbosa ao Senado. O próprio presidente da legenda republicana, deputado federal Wellington Fagundes, já confirmou a tese e demonstrou preocupação com o tema. 

João Edisom afirma que com a antecipação das especulações é possível avaliar a desenvoltura dos eventuais candidatos e afastar os “puxas sacos” que tentam ganhar financeiramente com o pleito. 

“Se alguém falar que é candidato agora já começa a ‘apanhar’. Eles estão esperando para ver. O ano que vem pode ter consequências desastrosas para Mato Grosso e para todo o país”, avalia. 

Maggi é um exemplo de eventual candidato que pode estar escondendo suas verdadeiras intenções. Ele tem dito que não disputará, mas, para o cientista político, tem demonstrado o contrário. João Edisom diz que, se Maggi não fosse candidato, não estaria preocupado em reafirma que não será. 

O que o senador tem demonstrado, segundo cientista, é que está apenas observando a reação da sociedade e uma intensa preocupação com sua imagem. “Ele tem base eleitoral em todo o Estado. Está querendo ver a reação”, diz. (PV) 





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