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Cultura
Terça - 17 de Junho de 2008 às 15:58

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Num país onde há 2.520 museus catalogados no Cadastro Nacional de Museus, sendo 2.501 deles presenciais, é difícil imaginar que existam apenas sete instituições de ensino superior que oferecem o curso de museologia - seis federais e uma particular e apenas cerca de mil museólogos. Do total de museus cadastrados, 964 estão instalados na Região Sudeste; 715 estão no Sul; 532 estão no Nordeste; 177 no Centro-Oeste e 113 no Norte.

Segundo Mônica da Costa, presidente do Conselho Federal de Museologia (Cofem), não há um levantamento nacional oficial sobre o número exato de profissionais registrados no país, mas a maioria dos museólogos está concentrada no Estado do Rio de Janeiro seguido da Bahia, que são os dois primeiros a oferecerem o curso em nível superior.

Mas, apesar de o número de profissionais formados na área ser maior no Rio e na Bahia, é em São Paulo e em Minas Gerais que se concentra a maioria dos museus. Dados do cadastro nacional apontam que São Paulo possui 410 estabelecimentos oficialmente catalogados e Minas possui 308. O Rio de Janeiro tem 194 e a Bahia 143.

Piso salarial não é cumprido

De acordo com Mônica, nos últimos cinco anos o mercado de trabalho para os museólogos melhorou, especialmente por causa dos investimentos do Ministério da Cultura nos museus de todo o país, mas os salários ainda não são pagos adequadamente.

O piso salarial estabelecido para a categoria que tem até oito anos de formado é calculado de acordo com o salário mínimo vigente. A tabela atualizada neste ano aposta que um profissional com até oito anos de formado deveria receber um salário de R$ 4.356 para 40 horas semanais e R$ 2.178 para 20 horas de trabalho por semana.

Já um museólogo com título de mestre ou mais de oito anos de carreira deveria receber R$ 5.227 por 40 horas semanais. O profissional com doutorado ou mais de 16 anos de formado teria direito a receber R$ 6.267 pelas mesmas 40 horas semanais de trabalho.

"Mas a gente sabe que isso é surreal. O próprio governo federal não cumpre esses salários e paga um piso de cerca de R$ 600 para os recém-formados. Eu tenho 25 anos de carreira e não ganho o piso", afirmou Mônica.





Fonte: G1

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