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Polícia Brasil
Terça - 10 de Junho de 2008 às 17:07
Por: Edivaldo de Sá

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O advogado Jesuíno de Farias, responsável pela defesa de Álvaro Barboza Cardoso, o “Cafuné” e Vancleiton Nascimento Picalho, acusados de assassinar a tiros o policial militar Silvio Arrais Martins de Oliveira, 34, da Polícia Militar do município de Nova Marilândia (392 km a Médio-Norte), disse nesta terça-feira (10), durante entrevista ao programa “De Olho na Cidade” da Rádio Regional de Nortelândia, que seus clientes agiram em legitima defesa.

O crime ocorreu na madrugada de sexta-feira (06), durante o atendimento de uma ocorrência de poluição sonora, no bairro Planalto, daquela cidade. Testemunhas ouvidas no inquérito, disseram que o soldado foi alvo de cinco disparos de arma de fogo, sendo uma espingarda calibre 12 que foi abandonada durante a fuga e possivelmente um revolver calibre 38. Três projeteis atingiram o policial militar. Além da espingarda, no local do crime a polícia encontrou cartuchos de calibres 36 e 38. Era a terceira vez que a PM se deslocava, naquela noite, ao mesmo local para solicitar que o volume fosse reduzido, mas não houve acordo com duas pessoas que estavam em frente de uma residência e insistiam em manter o som, perturbando quem reside pela região, após às 22h. Após uma confusão, o militar terminou sendo atingido três vezes, com disparos de espingarda calibre 12 e também de revólver calibre 38, no rosto. Ele chegou a ser socorrido por moradores e colegas de trabalho, mas morreu antes que chegasse ao hospital de Tangará da Serra.

O advogado disse durante a entrevista, que os fatos divulgados na imprensa são completamente diferente do que de fato ocorreu naquela madrugada, inclusive em relação à Álvaro Barboza Cardoso, o “Cafuné”, que de acordo com ele, não fez um único disparo contra o soldado, como foi divulgado pela policia. Os disparos teriam sido feitos apenas por Vancleiton Nascimento Picalho, que teria reagido em legitima defesa, após vários tiros disparados pelo soldado, que também teria agredido os rapazes com cacetete.

Segundo ele, o policial agredia Cafuné, enquanto Vancleiton pedia para que ele cessa-se com as agressões, quando este passou a atirar. Vancleiton, não foi atingido pelos tiros, e de arma em punho atirou contra o policial, que morreu momentos depois. “A ação do policial foi truculenta, deixando marcas profundas em meus clientes, por conta disso solicitei exames que confirmarão as agressões” anunciou Farias.

O advogado disse também, que testemunhas ouvidas confirmam a versão da defesa, que provará ter Vancleiton Picalho, agido para preservar sua vida e a de seu amigo. “ Além do mais, iremos provar que o policial agia de forma truculenta, pois responde por tortura, desobediência a ordem judicial, e até Maria da Penha” concluiu.

Jesuíno de Farias, informou que seus clientes se entregaram a policia na capital, temendo pela própria vida, por que se tornou público que os policiais iriam executá-los caso fossem encontrados durante a perseguição. Ele informou que pretende obter na justiça a liberdade de seus clientes, tão logo sejam ouvidas as demais testemunhas do caso.




Fonte: Repórter News

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