MPE de Tangará da Serra desenvolve ação de combate à corrupção eleitoral

O encontro aconteceu sábado à noite (7) na Escola Municipal Décio Buralli periferia de Tangará da Serra reunindo pais de alunos, professores e pessoas da comunidade no debate em torno de como combater a corrupção eleitoral. Na abertura, o promotor eleitoral da comarca Ari Madeira Costa destacou a notícia que diz que um em cada quatro parlamentares é investigado pela Justiça, chamando a atenção que a corrupção abala toda a sociedade de uma só vez.

Ari Madeira mostrou que o orçamento do município para 2009 é da ordem de R$ 100.643,545,79, o que corresponde a vários prêmios da mega sena, os quais não podem estar nas mãos de corrupto. O povo não pode ter vergonha de dizer não, frisou.

Ele considera muito importante direcionar essas campanhas principalmente para quem é carente de informações. Muitas pessoas presentes disseram que não sabiam que aceitar os tais benefícios dos políticos também é corrupção, ou seja, falta esclarecimento, disse o promotor, acrescentando que é uma luta que o Ministério Público tem de abraçar. O cidadão tem que estar muito atento a essas vantagens de época de campanha. Essa é a hora que todos vão se agualar: os votos têm o mesmo peso. É a hora de o povo colocar para governar pessoas que sejam dignas de receber esse voto de confiança, essa carta em branco para levar adiante os destinos de Tangará da Serra, sublinhou Ari Madeira.

Sônia Maria de Lima Santos professora da escola Décio Buralli também opinou sobre a campanha do Ministério Público de combate à corrupção eleitoral. Primeiro, o cidadão precisa conhecer bem o candidato, segundo ter a própria consciência de que não deve vender o voto, porque já sabe que é crime compra e venda de voto. E lembrar que o voto é a coisa mais importante, é o poder do cidadão. O povo tem que aprender que a maior força de uma nação é o voto.

A professora Sônia considerou a ação do Ministério Público importantíssima, porque os poderes geralmente vivem muito distantes do povo. Esses esclarecimentos dão uma força muito maior a todos, muito mais consciência, daquilo que podem fazer ou deixar de fazer.

Áurea Passarello acredita que o povo precisa de mais conhecimento, porque muitas vezes as pessoas cometem erros por falta de não saber ou fazem isso por necessidade. Após adquirir conhecimento, as pessoas vão passando isso a diante, usando aquela máxima que uma andorinha só não faz verão, disse Áurea, entendendo que os cidadãos passam a combater esse tipo de crime em massa. Acredito que até o candidato teria receio de oferecer esse tipo de coisa (compra de voto).

Ela também acha muito boa a iniciativa do Ministério Público ir ao bairro levar esclarecimentos. Fica muito mais fácil resolver as coisas, pois muitas vezes as pessoas sabem que tais atitudes são erradas mas não sabem como agir. Esse encontro serve para alertar as pessoas contra a compra e venda de votos.

A diretora da escola Mirian Maria Lunkes considerou a iniciativa louvável porque a população realmente precisa tomar conhecimento do poder que tem com o voto. É um poder muito grande e, usando as palavras do promotor, todo mundo é igual, o voto é igual para todos. Então as pessoas precisam dar valor para esse poder que elas têm. A fala do promotor foi muito consciente, a população precisa saber que o voto não pode ser trocado por qualquer outra coisa, porque ao trocar ou vender seu voto está abrindo mão de seus direitos, da dignidade que tem.