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Politica Brasil
Quinta - 15 de Maio de 2008 às 16:44
Por: Fernando Leal

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Projeto torna obrigatória a execução de filmes com instruções sobre procedimentos em casos de ocorrência de sinistros, acidentes e pânicos no interior das salas de cinema

As recentes ações da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, de Cuiabá, na interdição de parte da praça de alimentação e de salas de cinema do Shopping Três Américas despertaram no deputado Wagner Ramos (PR) a necessidade da emissão de alertas nos inícios das sessões de cinema exibidas no estado, como prevenção em possíveis casos de acidentes, pânicos e sinistros.

O projeto do líder republicano na Assembléia Legislativa torna obrigatória a execução de filmes com instruções sobre procedimentos em casos de ocorrência de sinistros, acidentes e pânicos no interior das salas de cinema em todos os inícios das sessões exibidas em cinemas no estado.

Os filmes – de tom publicitário – deverão ter, cada – no mínimo, um minuto de duração e apresentar informações práticas e objetivas sobre o assunto, de forma a orientar o cidadão em todos os procedimentos a serem adotados.

Entre as orientações, deverão constar dados sobre localização de saídas de emergências; como evitar o pânico; localização e orientação da forma de utilização dos materiais de combate a incêndio existentes no local; e como acionar os alarmes.

“É chocante assistirmos nos noticiários a quantidade de vidas que se perdem constantemente por falta de orientação da população sobre como se comportar em situações de sinistro e acidente devido ao pânico que toma conta das pessoas nesses casos”, alertou Ramos.

Segundo ele, as estatísticas demonstram claramente que o pânico é responsável direto pela maioria dos óbitos quando acontecem adventos diversos nas atividades diárias das pessoas. É que, por não saber como se portar, as pessoas seriam tomadas por “medo alucinativo”, levando-as a adotar atitudes – na maioria das vezes – mais perigosa do que a de enfrentar a adversidade.

Pelo projeto, as empresas proprietárias de salas de cinemas terão prazo de até quatro meses a partir da entrada em vigor da lei para concluir a elaboração dos filmes. A fiscalização ficará a cargo das prefeituras. Em casos de infração, as empresas infratoras poderão ser multadas e até terem cassados seus respectivos alvarás de funcionamento.

Assim como no caso do Três Américas, acontecido no mês passado, outras ocorrências foram registradas em shoppings pelo país nos últimos anos sempre com riscos à integridade física dos visitantes, muitos deles em salas de cinema – que reúne maior número de pessoas em espaço fechado.

Um dos acidentes aconteceu no Shopping Metrô Santa Cruz, na zona sul de São Paulo, em março de 2006. Na ocasião, problemas provavelmente causados pela chuva que atingiu a região assustaram e revoltaram os freqüentadores do shopping.

O acabamento do teto do setor de cinemas desabou e água vazou junto aos lustres de alguns andares. Nas salas, as exibições dos filmes foram interrompidas pelo menos três vezes por falta de energia elétrica como informaram – na ocasião – funcionários da Rede Cinemark, responsável pelo serviço. Os desligamentos da energia elétrica da região foram confirmados pela Eletropaulo, empresa responsável pela prestação do serviço em toda a cidade.

Ainda em São Paulo, uma explosão ocorrida no Osasco Plaza Shopping – em 11 de junho de 1996 – nas imediações da praça da alimentação, causou a morte de 42 pessoas e deixou cerca de 300 feridas. A explosão foi provocada pelo acúmulo de gás em um espaço livre entre o piso e o solo.

“Boa parte de sinistros decorrentes de acidentes como esses se dá devido à falta do conhecimento adequado, das pessoas, de como se comportarem em situações adversas e nas freqüentes reações instintivas indicando que a fuga seja a melhor saída. Por esse princípio, elas se aglomeram sem critérios nas vias de acesso impedindo a vazão normal da quantidade de pessoas possível de sair do local sinistrado, quando muitos são pisoteados”, preveniu Wagner Ramos.

São nessas ocasiões, de acordo com o parlamentar, que acontecem os maiores números de danos físicos como fraturas, esmagamentos e, em muitos casos, perdas de vidas.





Fonte: Assessoria/AL

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