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Politica Brasil
Sexta - 25 de Abril de 2008 às 13:22
Por: Edilson Almeida

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Sobrou para todo mundo. O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) encaminhou nesta quinta-feira um “pacote” de denúncias políticas e eleitorais ao Ministério Público Estadual. Nelas, figuram como denunciados o governador Blairo Maggi, o prefeito Wilson Santos, de Cuiabá, e Murilo Domingos, de Várzea Grande, deputados pré-candidatos a prefeito, vereadores, dirigentes de órgãos, entre outros. As denúncias foram apresentadas no lançamento da campanha pelo projeto de lei de iniciativa popular que visa impedir candidaturas de políticos com antecedentes criminais. O evento aconteceu na sede da OAB.

O pacote é composto por 10 documentos e variam de proporção. No que atinge o governador Blairo Maggi, o MCCE denuncia a aquisição das instalações para abrigar as forças de segurança pública no município de Santo Antônio do Leverger. O imóvel custou aos cofres públicos R$ 170 mil e foi adquirido por meio de dispensa de licitação. O movimento questiona o valor da reforma do prédio, que chegou a R$ 147,2 mil. “A reforma do prédio é mais onerosa que a compra do imóvel” – observa a representação.

Além do imóvel foram adquiridos juntos dois terrenos – o que sustenta a tese do MCCE de suspeita no negócio. No entanto, o ponto mais preocupante levantado pelos ativistas do movimento diz respeito à empresa Braserv Locação e Serviços, responsável pela reforma. A Braserv tem por atividade econômica tanto o serviço de terraplenagem como o fornecimento de alimentos preparados, venda de leite, comércio de material de construção, armazém e manutenção elétrica. “Ou seja, faz tudo” – observou o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcanti Filho.

Outra “vítima” do MCCE é o prefeito Wilson Santos. Contra ele pesam acusações de conduta irregular ante o excessivo gasto com publicidade institucional como promoção pessoal. Santos é candidato a reeleição pelo PSDB. Na quarta-feira, o Ministério Público Eleitoral denunciou-o por gastos exorbitantes com o programa “Fantástico”, da TV Globo. Denúncias dão conta de que o prefeito gasta com publicidade o equivalente a arrecadação de IPTU. O MCCE considera que “há propaganda eleitoral indisfarçada” praticada pelo prefeito Santos.

Com a participação do padre Deusdedith de Almeida, representante a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do presidente da OAB, Francisco Faiad, além de diversos ativistas políticos, o movimento denunciou o prefeito Murilo Domingos pór “promoção pessoal” com jornal “O Servidor” custado por recursos públicos. A publicação fala das conquista da administração. “É a típica propaganda eleitoral extemporânea, e ainda pior, custeada pelos cofres públicos” – frisa a representação.

Ainda de Várzea Grande, o MCCE denunciou o policial militar Nonato, do 10ª Batalhão da PM. Nonato estaria fazendo clara campanha ao distribuir panfletos falando de suas qualidades. Por conta disso, os ativistas encaminharam representação ao secretário de Justiça e Segurança Pública também pedindo que seja normatizada com proibição o uso de patentes por candidatos. “A patente é um registro do Estado e o seu uso só cabe em casos de Estado” – frisou o advogado Vilson Néri.

Outro caso de Várzea Grande envolve o vereador Wilson Coelho Pereira, acusado de conduta irregular e uso de nome de escola pública. Com duras críticas ao prefeito Murilo Domingos por evitar a gestão democrática, o MCCE diz que as escolas se transformaram em reduto de votos para políticos populistas. Wiltinho figura na denúncia por distribuir camisetas com seu nome na frente e atrás o nome da escola. “É a ligação do privado com o público” – frisou Cavalcanti Filho, ao comentar a atitude do vereador.

O MCCE reforçou ainda a representação contra o deputado Maksuês Leite (PP), pré-candidato a prefeito de Várzea Grande. A representação envolve ainda a TV Rondon (Canal 5). A exemplo do que aconteceu com Walter Rabello, também do PP, na época em que trabalhava na TV Cidade Verde (SBT), Leite é acusado de usar o programa de apelo populista para se promover. Semanalmente, o político-apresentador distribui benesses aos seus eleitores, onde se inclui leite, doces, picolés e ainda oferece um parque de diversões “de graça” para as crianças no evento denominado “Ação Geral”. O MCCE denúncia ainda que Leite usa a estrutura do Estado, com expedição de carteira do trabalho e identidade.

Foram ainda denunciados Wilson Pentecostes dos Santos, o “Tição”, vereador de Diamantino, por promoção pessoal em um veículo de comunicação do município. O Movimento pede ainda ao MPE informações sobre o andamento das representações formuladas pela entidade “Amigos Associados de Diamantino” (Amadia), protocolizadas na Promotoria de Justiça. As denúncias envolvendo autoridades do município não estariam, segundo o MCCE, tendo o devido tratamento por parte da promotoria. O MCCE ainda representou contra atividades de propaganda ilegal em Acorizal.





Fonte: 24 Horas News

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