Jaime Campos já se vê passando em revista as tropas em janeiro de 2010
O senador democrata, por outro lado, negou que haja conversações no sentido de se licenciar do cargo agora para se dedicar a formação de sua base política para 2010, qual seja, eleger o maior número de prefeitos e vereadores para sustentar sua candidatura. Ou, quando nada, fechar bons entendimentos. Jaime acha que não há incompatibilidade entre ser senador e ser o articulador dos Democratas. “Estou chegando lá agora. Não dá para se licenciar” – disse. Com isso, afastou a possibilidade de o segundo suplente, Osvaldo Sobrinho, do PTB, acabar assumindo o cargo.
Campos sustentou que eventuais entendimentos entre democratas e petebistas não passam por seu afastamento do cargo. Na semana passada, os trabalhistas fecharam questão sobre a sucessão em Várzea Grande, garantindo apoio ao candidato que os democratas escolhares. Expressaram, no entanto, preferência pelo irmão de Jaime, o ex-conselheiro Júlio Campos.
Em verdade, o político evitou falar muito sobre Várzea Grande. Limitou-se a manter a postura de que a decisão sairá de uma pesquisa eleitoral – o que ninguém, em verdade, acredita. Mesmo Júlio Campos e Wallace Guimarães garantindo que vão respeitar as regras do jogo, a articulação política é forte e é quase certo, questão de tempo, para que Guimarães, mesmo com um melhor apelo eleitoral no momento, acabe renunciando à disputa. Jaime, seguindo a própria orientação do irmãos mais experiente, está afastado das discussões para evitar eventuais desgastes ao projeto político de retornar ao Governo do Estado.
Jaime se reuniu com o governador no Palácio Paiaguás para discutir a questão da permanência dos aliados na Assembléia Legislativa. Caso, específico, de Roberto França, deputado estadual que ocupa atualmente a vaga de Gilmar Fabris, licenciado do cargo. Jaime foi discutir o rodízio parlamentar, de forma a permitir que França continue no Parlamento Estadual. E acabou revelando que o deputado, sem partido, esposo da pré-candidata a prefeita de Cuiabá pelo DEM deverá se filiar na agremiação em janeiro do ano que vem.
O senador também discutiu a questão relacionada ao deputado Pedro Satélite. Contudo, não saiu com a mesma segurança em relação a permanência de França. Ocorre que dois deputados da aliança estarão retornando às funções: o próprio Fabris, que se mantém deputado graças ao esforço jurídico junto aos tribunais, e também João Malheiros, que deixa a Casa Civil para retomar suas funções legislativas.
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